Os ovos de chocolate dividem a atenção na Páscoa com o bacalhau. A tradição do peixe nesta data teve início na Idade Média. A Igreja Católica obrigava seus fiéis a jejuar e a excluírem de suas dietas carnes consideradas quentes. O número de dias de abstinência era grande e não ficava restrito somente à Quaresma, o período de 46 dias entre a Quarta-feira de Cinzas e o Domingo de Páscoa. O consumo do bacalhau, uma carne fria, era então, incentivado nesses dias. Os portugueses, católicos e amantes do bacalhau, eram os maiores consumidores e o hábito deste peixe nos dias de jejum veio para o Brasil com a chegada deles.
O bacalhau normalmente é consumido depois de salgado e seco. O processo de salga e secagem é totalmente natural, ou seja, sem adição de substâncias químicas. Desta forma, suas propriedades nutricionais são conservadas. Além de fácil digestão, este peixe é um alimento rico em minerais, como ferro, fósforo, magnésio e em vitaminas A, E, D, B1 e niacina, e apresenta uma baixa taxa de colesterol e gorduras.
O alimento deve ser consumido com moderação e em pequenas quantidades pelos indivíduos com hipertensão arterial, pois é bastante rico em sódio (cerca de 1400mg/100g de bacalhau). Por isso, recomenda-se tomar bastante água uma hora após a refeição, para eliminar o excesso de sal do corpo e não atrapalhar a digestão.
O bacalhau também é uma boa fonte de ácidos graxos do tipo ômega 3 e ômega 6, que favorecem o desenvolvimento do sistema imunológico e contribui para a redução dos níveis de colesterol e triglicérides. O ômega-3 está relacionado com a redução do risco de doenças cardiovasculares e das dislipidemias.
Este peixe possui ainda proteínas de alto valor biológico em sua composição e, como é um alimento seco, as proteínas estão presentes em maior quantidade se comparada a um peixe fresco.