No último dia 20, foi feita no Brasil uma ação em celebração ao Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo. Segundo os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o terceiro país com maior consumo de álcool entre os jovens, número esse que tende a crescer caso os jovens não se orientem sobre o mal que o álcool representa para a saúde.
Pesquisas apontam que cerca de 40% das bebidas alcoólicas vendida no Brasil são ingeridas por adolescentes entre 18 e 29 anos. A doença pode ocorrer tanto entre mulheres quanto homens. Segundo a clínica geral, Flávia Foti, do Hospital e Maternidade Dr. Christovão da Gama (HMCG), a mulher necessita de apenas metade da dose de álcool para ter os mesmos efeitos causados no homem. Ou seja: são duas vezes mais vulneráveis aos efeitos do álcool.
Os jovens estão consumindo bebidas alcoólicas cada vez mais cedo. Hoje, já podemos notar muitos adolescentes com idade entre 12 e 15 anos, que ainda podem ser considerados crianças, ingerindo bebidas alcoólicas. A baixa idade é um fator que faz o risco da dependência do alcoolismo ser ainda maior
A interação precoce dos jovens com o álcool em muitos casos tem como causa a ausência dos pais no relacionamento com os filhos, seja pela demanda de trabalho ou pelo cansaço do dia a dia. Por ser uma droga lícita, geralmente o primeiro contato é em casa.
“O cérebro só atinge sua formação completa na adolescência e, se for exposto ao álcool nesta fase, sua ação cerebral faz com que a pessoa se acostume aos seus efeitos, criando dependência. Quanto mais cedo for o contato com bebidas maior a chance de dependência, pois maior é o tempo de exposição a elas” explica a especialista.
Os pais podem alertar os seus filhos alertando sobre os perigos que o consumo de bebidas alcoólicas trazem para o organismo, além de observar com mais atenção o comportamento dos filhos, saber quem são os amigos e familiares dos amigos e onde costumam ir nas horas de lazer. Outro ponto de atenção são mudanças de humor e a ausência prolongada de casa. Outra dica é estimular o interesse dos filhos desde muito cedo pela prática de esportes, um hábito saudável e recomendável. Prevenir é fundamental.