Candidato “independente” às Eleições 2012, Alberto Ticianelli (PSOL) esteve na redação do jornal Mais Notícias para falar sobre seus planos para o pleito deste ano. Visto como a maior surpresa da lista de candidatos deste ano, o professor de matemática se mostra uma pessoa com diversas ideias para a cidade de Ribeirão Pires.
“Nossa proposta é mostrar o trabalho do partido”, explicou o candidato, antes de ressaltar: “O principal trabalho do PSOL é desenvolver a consciência política da população. É uma candidatura honesta que quer mostrar que podemos, enquanto ribeirãopirenses, ser muito melhores. Nós queremos coisas plausíveis”, explicou.
Ticianelli detalha que o Programa de Governo está fundamentado em absorver o melhor para a cidade. “É o que o Saulo (Benevides, candidato do PMDB), a Maria Inês (candidata do PT) quer e um pouco mais”, explicou, mostrando respeito aos adversários.
Quanto à Administração atual, teceu críticas: “A cidade de Ribeirão Pires pode ser muito melhor. O dinheiro existe, mas não veio porque não houve projeto”.
Nessa toada, o candidato do PSOL também atacou os vencimentos do futuro prefeito, que giram em R$ 26 mil mensais: “Certamente, veria uma forma de se rebaixar o salário, acho que no máximo R$ 12 mil seriam o suficiente. Economizando metade do salário, poderia iluminar a Tibiriçá e investir nas UBSs, por exemplo”.
Educação – Esse setor, na visão de Alberto Ticianelli pode evoluir muito: “A ideia é mudar e melhorar a estrutura, rompendo totalmente com o sistema ineficiente do Governo do Estado de São Paulo. O PSDB acabou com a educação. É nossa obrigação fazer com que as crianças aprendam disciplinas como português e matemática de fato, desde o ensino fundamental”, explica o candidato, que planeja Educação em período integral e também o CEU na cidade.
Segurança – Para Alberto Ticianelli, este setor está intimamente ligado ao anterior. “Com Educação forte, a criminalidade cai”, explica. Para incrementar o setor, o reforço viria com uma maior efetividade da Guarda Civil Municipal: “Quero dar mais força à GCM com investimentos e supervisão da PM, que poderia, por meio de uma parceria, dar treinamento e força aos nossos guardas”. Uma proposta ousada visaria inibir criminosos de fora: “É preciso monitoramento nos pontos de entrada e saída do Município”, explicou. Para isso, a ideia é incrementar a segurança nestes locais.
Saúde – Ticianelli vê uma grande falha no atual sistema de Saúde do Estado. “O plano político do PSDB desestrutura a Saúde e favorece a iniciativa privada”, explicou, antes de ressaltar que, nos últimos anos “os hospitais privados dobraram, enquanto os públicos não cresceram”. Quanto à terceirização do setor, uma crítica recente na cidade, o pessolista defende o modelo de PPP (Parceria Público Privada). “Uma empresa poderia tocar o sistema pelo tempo do contrato e depois retornaria para a Prefeitura”, explica. Ele também defende ações preventivas, ao estilo do antigo Programa Saúde da Família, com Agentes de Saúde visitando as casas.
Transportes – Ticianelli tem propostas ousadas para o setor de transportes. “Existe um deslocamento massivo de ribeirãopirenses para outras cidades. Por isso, vejo que o ideal é oferecer condições para que o Metrô chegue até aqui”, explicou. Ele também defende que a cidade negocie melhor a questão do Rodoanel. “Ribeirão só teve ônus com essa obra. Era preciso, no mínimo, que houvesse uma saída na cidade”, explicou, ressaltando que o acesso poderia ser feito pela Rodovia Índio Tibiriçá. Quanto ao transporte interno, ele vê que a cidade precisa de um sistema mais inteligente: “poderíamos ter um sistema mais inteligente, com ônibus elétricos que não poluem, por exemplo”. Ele vai além: “poderia até mesmo ser uma rede circular e gratuita, interligada com ônibus locais que custariam até R$ 1”, explicou. Para ele, falta concorrência no setor: “mais concorrência significa menor preço”, concluiu.
Desenvolvimento – Por fim, Alberto Ticianelli falou sobre medidas para desenvolver a cidade. “Vejo que a cidade tem condições de ter um aeroclube. A região do ABC é a que reúne a maior quantidade de construtores independentes de aeronaves e falta de uma estrutura deste tipo faz com que percamos muito em tecnologia e conhecimento”, explica. Além disso, o pessolista defende uma parceria com empresas que possam melhor fomentar o turismo, com PPPs e também universalizar o acesso à Internet. “É possível desenvolver a cidade e o próprio ABC muito mais”, concluiu.