O pugilista Aílton Pessoa, 42, está comemorando 25 anos como profissional nessa atividade em 2011. Ele começou a praticar boxe aos 17 anos, em Mauá, desde então, cumpriu uma longa jornada nesse esporte, com a conquista de títulos paulista, brasileiro (boxe, kickboxer e fullcontact), sul-americano, mundo hispano (CMB) e latino-americano.
Pessoa realizou sua última luta em dezembro do ano passado, no Rio de Janeiro, quando defendeu o título brasileiro que ostenta desde 1996. Nessa peleja ele derrotou o carioca Maikon Miranda, por nocaute, no quarto round. “Eu parei de lutar. Agora vou continuar meu trabalho social e voluntário com crianças e jovens carentes, através de projetos para formar cidadãos”, comentou. Ele já desenvolveu as campanhas “Nocautear a violência” e “Adote um atleta” e atualmente trabalha no projeto “Hoje uma criança, amanhã um cidadão”, que está sendo realizado no bairro Rio Pequeno e Jardim Caçula, com alunos de ambos os sexos a partir de seis anos. Outro trabalho dele é desenvolvido no CRI – Centro de Referência do Idoso de Ribeirão Pires, com 69 alunos (acima de 50 anos) e no CSU – Centro Social Urbano de Rio Grande da Serra com 148 alunos (também acima de 50 anos).
A vida esportiva de Aílton começou cedo, mas só em 1990 conseguiu manter uma academia para atender jovens carentes. Ela foi instalada embaixo de um viaduto na cidade de Mauá, onde permaneceu até 2007. Nesse período ele atendeu quase 17 mil alunos, alguns deles tornando-se campeões no boxe no Brasil e no exterior. “Eu formei cidadãos”, orgulha-se o pugilista. Além dos títulos nacionais e estrangeiros, Aílton orgulha-se ainda de ter participado da “Forja de Campeões”, em 1993, que se realizava em São Paulo, onde conseguiu cinco lutas, com cinco vitórias, quatro delas por nocaute e uma por pontos.