“Acabou em pizza”: conheça a origem da expressão e a história do prato

Matheus (ao fundo) com a namorada, família e amigo

Na última terça-feira (10), foi comemorado o Dia da Pizza. A data foi criada em homenagem ao encerramento do 1º Festival da Pizza da cidade de São Paulo, que ocorreu em 1985 e elegeu as dez melhores receitas de pizzas de muçarela e margherita. Mas a origem do prato remonta de muitos anos antes disso.

Egípcios e hebreus já produziam uma massa com farinha e água, conhecida como pão de Abrahão; gregos misturavam farinha de trigo, arroz e grão-de-bico e assavam a pasta em tijolos quentes; os fenícios (povo que vivia na região onde atualmente se localiza o Líbano, a Síria e o norte de Israel) tinham o costume de acrescentar carne e cebola ao pão, que era semelhante ao pão sírio: Redondo e chato; os turcos tinham a mesma tradição, mas preferiam utilizar carne de carneiro e iogurte fresco. Foi o intercâmbio dessas culturas, ocorrido durante as Cruzadas, que fez com que o alimento viesse à Itália e originasse a pizza que se conhece hoje.

A iguaria chegou por meio do porto de Nápoles, no sul do país. Foram os italianos que acrescentaram o tomate à massa que, inicialmente, era produzida por vendedores ambulantes para alimentar os mais pobres e feita com ingredientes baratos.

A pizza se tornou amplamente difundida em meados do século XIX, com o primeiro pizzaiolo da história, Dom Raffaele Espósito, padeiro de Nápoles à serviço do rei Umberto I e da rainha Margherita, a quem homenageou ao confeccionar uma pizza com mussarela, tomate e manjericão, para que imitasse as cores da bandeira italiana: branco, vermelho e verde. A rainha apreciou tanto o prato que dom Raffaele decidiu nomeá-lo como margherita.

No Brasil, a pizza chegou por meio de imigrantes italianos, principalmente na região do Brás, mas hoje é muito difundida e apreciada pelos brasileiros. Exemplo disso é a docente Cristiany Bim Gurati Eloi, 45 anos, que come pizza pelo menos uma vez por semana. “Amo comer pizza, principalmente de sexta-feira, assistindo televisão e com minha família. É muito prático e simples, tão bobo, mas para mim é um evento. Normalmente, dou aula de sexta à noite, então já deixo a pizza encomendada, saio da aula, passo na pizzaria e pego. É muito prazeroso.” Cristiany conta que seus sabores de pizza preferido são calabresa, catupiry com milho, creme de avelã com morango e banana com leite condensado.

Já o estudante de História Matheus Fernandes de Miranda, 21, não costuma comer pizza doce, mas também se reúne com seus familiares, seja para comer na pizzaria ou por meio de entrega em casa. “Quando eu era criança, dos onze aos quatorze anos, tínhamos o hábito de pedir pizza ou esfiha toda semana. Minha avó fazia pizza de frigideira para mim, porque minha mãe trabalhava e eu ficava lá para jantar. Comia muito, adorava. Adquiri esse hábito da infância até hoje”, disse.

“Acabou em pizza”

A expressão, que se popularizou como sinônimo de “no final, não deu em nada” foi criada pelo jornalista Milton Peruzzi, que cobria reportagens do Palmeiras para o jornal “A Gazeta Esportiva” e escreveu uma notícia com o título “Crise do Palmeiras termina em pizza”.

Na época, o time estava com problemas porque o presidente e os dirigentes do Palmeiras não se entendiam. Após reunião na sede do clube que durou 14 horas, nada foi resolvido. Todos partiram então para uma pizzaria em São Paulo, acompanhados por Peruzzi, que presenciou tudo.

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