A palavra traição tem várias conotações porém vou me ater a duas definições: perfídia e deslealdade. A traição é muito comum na política, que o diga Júlio Cesar, imperador Romano que traído por seu homem de confiança, ao vê-lo entre seus algozes pronunciou a célebre frase: ‘’ até tu Brutus’’. Recordo-me das eleições de 1992, quando fui candidato a Vereador e estava muito bem cotado, já que com o apoio de amigos influentes, que disponibilizaram tempo e recursos para a campanha, era dada como certa minha eleição, premissa que não se confirmou nas urnas, tendo obtido apenas metade dos votos necessários para me eleger. Prometi nunca mais sair candidato, tamanha frustração. Cabe no entanto ponderar que essa eleição demorou perto de um mês para ser apurada. As urnas semiabertas e mapas meio preenchidos, (tudo era feito à mão), saiu do local de votação e apuração, o ginásio do Ribeirão Pires Futebol Clube, e foi levado ao Prédio do Cartório Eleitoral, onde sabe-se lá o que aconteceu. Conformado toquei minha vida, até que passados pouco mais de um ano encontrei o ex coordenador da campanha do grupo do Valdírio Prisco, ao qual eu estava ligado e o ‘’ carvalhinho’’ me disse com todas as letras ‘’ Gazeta você nunca seria Vereador, nem com mil votos, você era demasiado independente e bem relacionado com pessoas influentes, e isso não era bom para o grupo’’. Aí fiquei verdadeiramente chocado e me senti traído, a ponto de me afastar do Valdírio e perder o profundo respeito que nutria por ele. Hoje, novamente estou sendo traído, desta vez por Saulo, porém diferentemente do passado, estou ciente das pérfidas manobras as minhas costas culminando com a aliança com Dedé da Folha, obrigando-me a me posicionar contra o grupo.
