Artigo: Perder com honra ou abraçar o inimigo?

Por Antonio Carlos

Já faz tempo que o PSDB vem perdendo sua identidade embora vencendo eleições. Tucanos históricos como o ex-presidente Fernando Henrique, José Anibal e o próprio Geraldo Alkimin vinham sustentando o partido, dando as cartas e jogando de mão. A chegada ao cenário do agressivo e ambicioso João Dória, balançou as já frágeis estruturas da agremiação passando o trator sobre os figurões elegendo-se prefeito da maior cidade do país, conquistando em seguida o Governo do Estado de São Paulo.

Muito embora em termos administrativos sua gestão tenha sido um sucesso, suas medidas de enfrentamento a pandemia do Covid-19 geraram reações contrárias em alguns setores políticos e empresariais. A visibilidade criada por suas aparições diárias durante a pandemia também ofuscaram colegas, causando ciumeira.

O ponto culminante de sua ‘’fritura’’ no PSDB se deu durante às prévias para a candidatura presidencial, quando a costumeira agressividade de Dória lhe proporcionou a vitória nas prévias, azedando de vez o caldo do velho tucanato.

A partir daí sua condição de pré candidato começou a ser questionada provavelmente temendo uma ascensão ainda maior de Dória no partido e no cenário nacional. Algumas vozes se levantaram a favor de Dória como se o ex-presidente Fernando Henrique que disse ser necessário respeitar as prévias, outros porém começando pelo traidor Geraldo Alkimin que desesperadamente abraçou o inimigo, agora um outrora baluarte pessedista José Anibal declara apoio a Lula, e ontem num pronunciamento Aécio Neves disse que Dória candidato levaria o partido a uma derrota fragorosa.

Agora pergunto caro leitor, é melhor perder unidos e com honra ou abandonar os parceiros e bandear-se covardemente para o lado do adversário que sempre combateu?

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