Termo tem ficado obsoleto devido a capacidade de múltipla transmissibilidade das doenças infecciosas
Que o mosquito Aedes Aegypti não transmite só o vírus da dengue já é sabido. Agora, o termo “mosquito da dengue” também tem ficado obsoleto. O correto, agora, é a utilização do termo “mosquito transmissor de arboviroses”. O médico veterinário responsável pelo Centro de Controle de Zoonoses de Ribeirão Pires, Paulo Sérgio França dos Santos, explica o porquê da mudança.
“O Aedes Aegypti deixou de ser transmissor de apenas uma infecção, agora são quatro: Dengue, chikungunya, zika e a febre amarela, que são classificados como arbovírus. Por isso, o mais adequado é a utilização do mosquito transmissor de arboviroses, que integra todas as categorias”, comenta.
E justamente a capacidade do mosquito de transmitir múltiplas infecções, é o que preocupa. O CCZ de Ribeirão Pires tem reforçado nos últimos meses ações de combate ao Aedes Aegypti, “No início do ano, executamos as ADL (Avaliação de Densidade Larvária), em junho e julho foram realizadas nebulizações em um bairro da cidade, que houveram casos positivos de dengue e neste mês temos reforçado o combate através de pontos estratégicos”, elenca o veterinário.
As doenças infecciosas transmitidas pelo mosquito são: Dengue, zika, chikungunya e a febre amarela, sendo as três primeiras com sintomas semelhantes, febre, dores de cabeça, no corpo, atrás dos olhos e nas articulações, fraqueza, manchas vermelhas e coceiras. Já a febre amarela, por sua vez, pode provocar vômitos e possui grande capacidade de disseminação, porém, essa infecção possui vacina eficaz, que é fornecida gratuitamente nos postos de saúde.
Paulo Sérgio França dos Santos é o responsável pelo Centro de Controle de Zoonoses de Ribeirão Pires