Alunos do 1° ao 3° ano do Ensino Fundamental participam de sondagem que dará novos elementos para o planejamento de ações pedagógicas
Em tempos de ensino remoto na rede municipal, medida de controle à disseminação do coronavírus, a Secretaria de Educação de Ribeirão Pires iniciou sondagem para identificar o nível de aprendizado dos alunos do 1° ao 3° ano do Ensino Fundamental I. Cerca de 1.400 estudantes estão realizando avaliações, em suas casas, nas disciplinas de português e matemática. A ação acontece dentro da parceria entre Prefeitura e Instituto Ayrton Senna.
“Desde março do último ano, os alunos estão realizando atividades remotas, longe fisicamente da sala de aula. Nesse sentido, a sondagem é um instrumento ainda mais importante que nos permitirá traçar novas ações para compreender e atender as necessidades pedagógicas de cada estudante”, explicou a secretária de Educação da cidade, Rosi Ribeiro de Marco.
A equipe de orientação pedagógica da Secretaria de Educação elaborou as avaliações aplicadas pelos professores por meio online, em videochamadas. As famílias foram orientadas a não intervir nas respostas aos questionamentos, para garantir a autonomia das crianças neste processo. “Isso é indispensável para que possamos identificar em que nível da alfabetização o estudante está”,
Explicou a orientadora pedagógica do Ensino Fundamental I, Luzinaide Mota Klen.
No processo da alfabetização, há quatro diferentes níveis utilizados como parâmetro. Ao final do primeiro ano do ensino fundamental, é esperado que o aluno esteja no nível 2, sabendo ler e escrever palavras simples. No segundo ano, é esperado que a criança consiga escrever e compreender pequenas frases, o nível 3 do processo. Na última etapa, nível 4, é esperada de estudantes do 3° ano a capacidade de estruturação de textos. Os níveis também estabelecem quais habilidades numéricas as crianças devem ter em cada etapa do processo de alfabetização.
Os resultados da avaliação, chamadas de sondagem, estarão disponíveis a partir de maio. “Se estivéssemos com aulas presenciais na rede, as defasagens identificadas nos alunos estariam relacionadas às práticas pedagógicas. No ensino remoto há outras causas possíveis, como a dificuldade do acesso às atividades, a falta da rotina escolar ou do acompanhamento. Com a sondagem, colocamos uma lupa em cada aluno para ver detalhadamente como está seu nível de aprendizado e traçar ações específicas de curto prazo para aproximar o aprendizado ao saber do aluno”, explicou Nádia Ferreira, coordenadora da equipe de Orientação Pedagógica da Secretaria de Educação.
A previsão é que as sondagens sejam realizadas, pelo menos, bimestralmente.