Por Gazeta
Nada como chegar a 876 edições e 18 anos de circulação (impressa e digital) com a certeza de ter alcançado o objetivo de publicar sempre a verdade dos fatos e ter o reconhecimento público disso.
Estamos vivendo um tempo de rápida disseminação da desinformação – com a ajuda da tecnologia – e assistindo a governos historicamente democráticos e liberais em relação a imprensa tomados pelo autoritarismo utilizando-se abertamente das redes sociais com o objetivo de disseminar a discórdia através das chamadas Fake News.
O ex-presidente americano Donald Trump usou e abusou desde sua eleição desse estratagema para desacreditar o jornalismo legítimo e obteve êxito embaralhando fakes a informações legítimas e arrastando a imprensa americana para um atoleiro que agora, passado o furacão, luta para sair. Diga-se de passagem, a divulgação de Fake News não é prerrogativa do autoritarismo de Trump. O bufão norteamericano criou discípulos mundo afora incluindo nosso atual presidente.
Uma nuance que vale ser destacada é que estas falsas e mentirosas notícias não são transmitidas apenas por hackers do submundo, mas também por pseudojornalistas a soldo dessas personagens que se misturam utilizando-se das mesmas plataformas que abrigam jornalistas legítimos. Muito trabalho sério e diligente acaba exposto na mesma vitrine de todo o lixo da desinformação, gerando confusão nos leitores e colaborando para a manutenção da discórdia que alimenta esse poder autoritário.
Há anos convivo diuturnamente com a imprensa local e regional e, durante esse tempo, constatei verdadeiras barbaridades publicadas em manchetes garrafais. Agora há a poluição nas redes sociais onde todos querem emitir opinião com ou sem o mínimo conhecimento dos fatos. Isso, aliado a preguiça epidêmica do brasileiro que perdeu o gosto de ler e tira suas conclusões apenas pela leitura das manchetes, forma o caldo de cultura ideal para o crescimento da desinformação em massa.
Com tudo isso, torna-se cada vez mais difícil manter a credibilidade. O trabalho estafante de checar informações junto a fontes confiáveis (que nem sempre estão disponíveis) esbarra muitas vezes na chamada “contrainformação” que, até mesmo pelo seu aspecto fantasioso conta com maior poder de penetração. É uma luta árdua, mas somos fieis aos nossos princípios e podemos, de peito aberto, manifestar o nosso orgulho em perseverar no caminho trilhado nesses dezoito anos com o objetivo primordial de passar ao nosso leitor a informação correta.
Nessa ocasião, aproveito para deixar o meu agradecimento a todos os profissionais que passaram por aqui e deixaram sua contribuição e aos anunciantes que, por todo esse tempo vêm contribuindo para que o trabalho tenha continuidade.
Feliz maioridade ao Mais Notícias!
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