Ontem, dia 1º de dezembro, foi celebrado o Dia Mundial da Luta Contra a AIDS.
Segundo dados do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, os novos números da IDS (doença já manifesta) no Brasil, atualizados até junho de 2010, contabilizam 592.914 casos registrados desde 1980. A epidemia continua estável. A taxa de incidência oscila em torno de 20 casos de AIDS por 100 mil habitantes. Em 2009, foram notificados 38.538 casos da doença.
Campanha na Praça Central de Ribeirão Pires focou a questão do preconceito, a conscientização e a prevenção
Observando-se a epidemia por região em um período de 10 anos – 1999 a 2009 – a taxa de incidência no Sudeste caiu (de 24,9 para 20,4 casos por 100 mil habitantes). Nas outras regiões, cresceu: 22,6 para 32,4 no Sul; 11,6 para 18,0 no Centro-Oeste; 6,4 para 13,9 no Nordeste e 6,7 para 20,1 no Norte. Vale lembrar que o maior número de casos acumulados está concentrado na região Sudeste (58%).
Atualmente, ainda há mais casos da doença entre os homens do que entre as mulheres, mas essa diferença vem diminuindo ao longo dos anos. Esse aumento proporcional do número de casos de AIDS entre mulheres pode ser observado pela razão de sexos (número de casos em homens dividido pelo número de casos em mulheres). Em 1989, a razão de sexos era de cerca de 6 casos de AIDS no sexo masculino para cada 1 caso no sexo feminino. Em 2009, chegou a 1,6 caso em homens para cada 1 em mulheres.
A faixa etária em que a AIDS é mais incidente, em ambos os sexos, é a de 20 a 59 anos de idade. Chama atenção a análise da razão de sexos em jovens de 13 a 19 anos. Essa é a única faixa etária em que o número de casos de AIDS é maior entre as mulheres. A inversão apresenta-se desde 1998, com oito casos em meninos para cada 10 em meninas.
São José de Lata ganhou fita que simboliza a luta contra a AIDS
Ribeirão Pires – No município, os casos de AIDS registrados este ano tiveram aumento, se comparados a 2009. No ano passado foram diagnosticados 160 casos da doença e nenhum registro de óbito. Em 2010 subiu para 227 e 08 pessoas morreram vítimas do vírus HIV.
A Coordenadora do Ambulatório de Infectologia de Ribeirão Pires, Nanci Garrido Butin, conta que a maioria dos casos é de mulheres infectadas, por transmissão heterossexual, através dos próprios parceiros fixos. A faixa etária dos pacientes varia de 20 a 40 anos.
Ela explica como funciona o Ambulatório que acompanha essas pessoas. “A assistência aos portadores do vírus HIV é realizada no Ambulatório de Infectologia por equipe composta de médico, psicólogo, enfermagem e assistente social. Os serviços são oferecidos gratuitamente”.
O Ambulatório também disponibiliza exames e orientação sobre o vírus HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis, como Sífilis e Hepatites B e C, Centro de Testagem e Aconselhamento.
O Ambulatório de Infectologia fica na Avenida Francisco Monteiro, nº. 205, Centro. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 4828-4441.
Campanha – Em comemoração ao Dia Mundial da Luta Contra a AIDS, a Secretaria Municipal de Saúde e Higiene, por meio do Ambulatório de Infectologia, realizou campanha referente à data, cujo tema foi o preconceito, a conscientização e a prevenção. Houve distribuição de folhetos, cartazes e preservativos na Praça Central, e, à noite, foi realizada uma apresentação musical do cantor Luiz Grande.
