Portaria interna baixada pelo Secretário Adão Alves, recomenda aos agentes maior rigor na fiscalização de veículos que circulam emitindo som em desacordo com os padrões prescritos no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Amparado na resolução Contran 624/216 que aumenta as restrições e facilita a fiscalização, condutores de veículos que costumam trafegar com som alto e vidros abertos serão alvos fáceis dos amarelinhos, visto que a resolução eliminou a necessidade do uso do decibelímetro pelo agente para aferir a intensidade do som. O próprio agente está autorizado a autuar e reter o veículo para regularização se constatar que o “som produzido seja audível do lado externo”.
Em fala exclusiva ao Jornal Mais Notícias, o Secretário afirma que já está havendo diversas notificações desse tipo de infração que é de natureza grave e rende 5 pontos na carteira, (CNH).
O uso abusivo de som com vidros abertos, em especial de músicas com letras que promovem apologia ao crime ou conteúdo sexual chulo, além de desobedecer o CTB, constrange cidadãos e cidadãs nas vias públicas da cidade. É necessário dar um basta, a esses condutores que impõe seu gosto musical aos demais, e estamos promovendo a política da “tolerância zero” em defesa da comunidade, conclui o Secretário Adão Alves.
É o Fim do Som Automotivo?
A resolução 624/2016 é um golpe terrível para os amantes e profissionais que lidam com som automotivo. A nova resolução não fala mais em níveis de ruído que precisava ser medido por um aparelho, o decibelímetro, para que a multa fosse lavrada, o atual critério é que o som seja audível do lado externo do veículo pelo agente fiscalizador.
Nos veículos dotados de ar condicionado é só fechar os vidros e ouvir “seu som”, porém a cultura do brasileiro sempre foi a de andar com vidros abertos e curtir o som na rua, praça ou praia, o que não incomodava tanto, pois poucos proprietários de veículos tinham poder aquisitivo para instalar equipamento mais potente e a própria indústria automotiva não disponibilizava tais equipamentos de fábrica, hoje o som original de muitos veículos por si só quando ligados em volume máximo produzem sons altíssimos.
É uma tendência mundial limitar o uso de aparelhos sonoros sem fones de ouvido ou outro tipo de contenção em transportes coletivos para que os demais passageiros não se tornem ouvintes cativos do som da preferência de outrem.
Estabelecimentos que produzem ruídos como os bares, templos religiosos e outros há tempo são obrigados por lei a instalar barreiras de contenção, e estava claro que restrições mais drásticas iriam alcançar o setor automotivo.
É difícil abandonar certos hábitos arraigados, para dar um exemplo clássico, quando o então prefeito Paulo Maluf determinou o uso do cinto de segurança em São Paulo foi chamado de louco, e veja hoje como está?
O cidadão tem que se conscientizar que ninguém é obrigado a conviver com excessos de ruídos e muito menos aceitar a imposição do gosto musical daquele que por exibicionismo ou falta de educação, insistem em tornar público o que deveria ser particular, o som do seu veículo.
Não esqueça o cartão
Os agentes de trânsito da cidade vem atuando com mais frequência nos estacionamentos de estabelecimentos particulares em especial os supermercados, para flagrar veículos estacionados em vagas especiais destinadas a, idosos e pessoas com deficiência, sem cartão de identificação. A ação se deve a inúmeras reclamações de que maus motoristas que se utilizam ilegalmente dessas vagas em detrimento dos verdadeiros necessitados. O alerta serve para os “esquecidinhos” e também para os “espertinhos” que gostam de tirar vantagem.