Late Papo – Motorista da Rigras atropela e mata na Quarta Divisão

Por Cecília Bentini, da ONG Ajudanimal

Na semana passada, o ônibus da Viação Rigras, número 932, por volta das 17h00, na rua Manoel Augusto de Barros, continuação da Av. Miro Atilío Peduzzi, atropelou  “propositalmente” uma cadela de nome Xuxa, de porte grande, branca, diante dos olhares atônitos e aflitos de quatro crianças, suas proprietárias, que entraram em estado de choque ao ver seu amado bichinho de  estimação sendo atingido pelo ônibus de forma tão cruel. Segundo as crianças, a cadela saiu de sua residência para dar seu passeio habitual para fazer suas necessidades, estava atravessando  lentamente a rua, e o motorista não reduziu a marcha, não buzinou, simplesmente “ fez de conta” que não viu e acelerou em cima de Xuxa.

Diante desta declaração, só podemos concluir que foi de propósito, já que após o ocorrido, o motorista não parou, seguindo em frente como se tivesse passado por cima de uma folha de papel. Impossível não ter visto um animal tão grande e branco, em plena luz do dia e impossível não ter sentido o impacto e o barulho que seu perverso ato ocasionou!

Sabemos que às vezes, os motoristas estão distraídos, pois apesar de ser contra lei, ficam de bate papo com passageiros, não raro, motoristas da mesma empresa, que tomam o coletivo para chegar ao seu local de trabalho e ficam na parte da frente do carro conversando com o colega de profissão, mas acreditamos que desta vez, o motorista, descrito como moreno e rosto redondo, viu bem o que fez.

O veterinário Marcelo Teixeira de Andrade, que presta serviços ao Clube dos Vira-latas, vinha logo atrás e parado pelas crianças aflitas e chorosas, ainda tentou prestar socorro ao animal, que morreu instantes depois, em agonia, de forte hemorragia interna, devido ao atropelamento.

Muita gente sem apego aos animais, pode até  fazer o infeliz comentário “ FOI SÓ UM CACHORRO”, mas  o que estamos questionando é o respeito à VIDA, independente de ser cão, gato, cavalo, pessoa e como moradores da Quarta Divisão, e representantes de uma Ong de Proteção, o AJUDANIMAL, pedimos esclarecimentos a  viação RIGRAS sobre este ato infeliz.

Não é o primeiro animal que vocês atropelam na Quarta Divisão.

Vira e mexe, tem animal atropelado por ônibus, na Av. Miro Atilio Peduzzi, na altura da fábrica de Blocos Maranhão.

Nós da Quarta divisão, contamos com um péssimo serviço de transporte, pois além de termos uma única linha que nos serve, chamada de VILA BONITA, com intervalos absurdos, de 30 minutos entre um carro e outro, somos obrigados a assistir cenas como esta, pois os motoristas andam com seus enormes e pesados veículos em perímetro urbano, como se estivessem em uma pista de corrida, sempre em altíssima velocidade, não respeitando o ritmo pacato das ruas do bairro. Tudo isto por terem poucos carros fazendo este percurso e eles serem obrigados a executá-lo em cerca 25 minutos até o final na Rodoviária, contando com paradas nos pontos, sempre correndo como loucos, principalmente na Estrada do Sapopemba, faça chuva ou faça sol. Uma verdadeira imprudência!

Até quando seremos obrigados a ver pessoas idosas tentando se equilibrar dentro do veículo, para não cair, diante de manobras arriscadas?

Gostaríamos de saber quais os critérios que a Rigras utiliza para contratação de seus motoristas. Eles fazem algum teste psicológico?  Fazem reciclagem? Têm acompanhamento, ou simplesmente fazem teste de direção e já vão para as ruas?

Será que o respeito à VIDA está em desvantagem ao lucro que a companhia deve ter circulando com poucos carros neste percurso?

Esperamos que a RIGRAS se pronuncie e tome providências para punir o motorista que matou o animal, deixando crianças tristes, bem como tome providências, dentro de sua logística, para melhorar as condições de transporte oferecido para a população da Quarta Divisão, bem como ofereça um curso de reciclagem aos motoristas que conduzem pessoas como se estivessem conduzindo carga, sempre em altíssima velocidade, colocando vidas em risco.

E esperamos que coloquem mais carros na linha, abrindo mão de sua lucratividade, e também acreditem no dito popular que “DEVAGAR SE VAI AO LONGE”.

Compartilhe

Comente

Leia também