Do corpo magro e comprido ao pelo sedoso e carinha de curioso, o furão doméstico é um pet irresistível! Junte o fato dele ser relativamente pequeno e de viver em gaiolas e será fácil entender o motivo para ele se tornar cada vez mais popular entre os brasileiros.
No entanto, antes de se comprometer em levar um furão para casa, é importante saber mais sobre seus hábitos, necessidades e outros aspectos. Assim, fica mais fácil tomar uma decisão conscientemente e garantir a posse responsável desse peludo especial. Vamos ver mais sobre o furão doméstico e os cuidados na criação dele?
Eles são mais parecidos com gatos do que com roedores
Ao pensar em adquirir um furão doméstico, muita gente acredita que esses pets são parecidos com os roedores e, assim, os cuidados também devem ser semelhantes.
Porém, de acordo com a médica veterinária da Petz, Dra. Mariana Pestelli, a comparação mais próxima seria com os gatos, já que, assim como os bichanos, furões são carnívoros e caçadores natos, e não presas, como os roedores.
Eles têm alto custo de manutenção, em relação a outros pets
Um fato que muita gente desconhece é que todo furão doméstico é um pet importado, isto é, para serem vendidos no Brasil, cada um deles é trazido de um criador autorizado nos Estados Unidos.
Isso ajuda a explicar por que o preço deles é mais elevado. Além disso, os gastos maiores com esses pets não param por aí! Para se manterem saudáveis, furões domésticos dependem de rações premium específicas, além de cuidados veterinários especiais, como veremos mais para a frente.
Eles também tomam vacinas
Outra semelhança dos furões com os felinos domésticos é a necessidade de manter a vacinação em dia e realizar todos os cuidados com furão necessários.
Sobre isso, a Dra. Mariana explica que as principais vacinas para eles são a antirrábica e a de cinomose. Também como acontece com cães e gatos, as doses de reforço devem ser aplicadas anualmente, para garantir a imunização do pet da melhor forma.
Eles adoram interagir com o tutor
Para quem gosta de pets afetuosos, os furões são uma ótima opção. Isso porque, diferente do que muitos pensam, eles adoram receber carinho e brincar com o tutor.
Por isso mesmo, é recomendado retirá-los da gaiola e dedicar pelo menos uma horinha do seu dia para entreter o seu amigo desde filhote. Do contrário, ele pode ficar triste e pouco sociável.
Eles gostam de sair para passear
Quem vê um furão filhote ou adulto descansando tranquilamente em sua rede nem imagina que esse pet, na verdade, é muito cheio de energia. Tanto é que a falta de exercícios físicos pode trazer consequências graves para a saúde do furão.
Para ajudá-lo a gastar essa energia e também para que eles não fiquem confinados, é possível usar coleiras específicas e levar o pet para passear. Pode ter certeza de que ele vai aproveitar cada segundo dessa “aventura”!
Eles não devem ser deixados fora da gaiola sem supervisão
Embora retirar o furão da gaiola por algumas horas seja importante para a saúde dele, isso nunca deve ser feito quando o pet estiver sozinho, sem supervisão. Isso porque, os furões são muito curiosos e adoram entrar em locais apertados e, muitas vezes, perigosos.
Além disso, como gostam muito de roer, também estão sujeitos a engolir objetos capazes de obstruir seu sistema gastrointestinal. Por isso, fique sempre de olho quando seu furão estiver solto pela casa! Para distraí-lo, aposte no uso de brinquedos, como tubos ou bolas com guizo seguros para o animal. Eles adoram!
Eles têm predisposição para desenvolver doenças graves
Devido aos diversos cruzamentos seletivos, os furões acabaram acumulando a tendência a uma série de doenças genéticas. Entre elas, o destaque para neoplasia (câncer) e problemas endócrinos ou metabólicos, como diabetes, pancreatite e doença da glândula adrenal.
Nesse sentido, a Dra. Mariana diz que a genética, mais do que o manejo, é a grande responsável pela morte precoce desses bichinhos. No entanto, algumas medidas preventivas podem ajudar a mantê-los saudáveis por mais tempo, como levá-los a um veterinário especializado em animais silvestres uma vez a cada 6 meses, já que assim, é mais fácil identificar alterações logo no início.