Entidade que mais viabiliza cadeiras de rodas no Grande ABC, a Apraespi (Associação de Prevenção, Atendimento Especializado e Inclusão da Pessoa com Deficiência) requereu ao Ministério da Saúde a reedição da Portaria n.º 1272-2013, que viabiliza o acesso à cadeira de rodas motorizadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
A portaria tem abrangência de um ano para obter uma cadeira de rodas via SUS, fato que aumenta o número de pacientes na fila e prolonga a espera pelo equipamento. “É por esse motivo que cobraremos do Ministério da Saúde revisão na Portaria que regulamenta a liberação de cadeiras motorizadas. É um grande risco para a saúde do paciente esperar por tanto tempo”, justificou a superintendente Lair Moura.
Antes da portaria expirar, em dezembro de 2018, a Apraespi bateu seu recorde de cadeiras de rodas motorizadas fornecidas em um único mês: foram 61 unidades disponibilizadas aos pacientes cadastrados do Grande ABC.
Entre os beneficiados, o aposentado Fábio Eustachio não escondeu a satisfação ao receber sua cadeira após longa espera no SUS. “Até chegar à Apraespi passei por momentos difíceis, mas assim que meu atendimento começou por aqui, sempre fui muito bem atendido, muito bem orientado. É uma alegria muito grande receber a cadeira que vai me devolver a autonomia.”
Ainda assim, a fila de espera na região estimada pela Associação é de aproximadamente 600 pessoas que aguardam, em média, 2 anos para obter uma cadeira. “A tendência é que esse número, infelizmente, cresça ainda mais caso o governo não reedite a portaria, que beneficia os cidadãos que não têm condições de adquirir por conta própria uma cadeira de rodas motorizada”, finalizou Lair.