Uma lenda viva. Historiadora e que fez história na cidade. Esta foi Gisela Leonor Saar, que também era advogada. Vizinha por muitos anos da histórica Estação Ferroviária e, posteriormente, do Jardim Maria Paula, Gisela tem sua mãe, Edith Breithaupt, como sua principal mentora. Edith desembarcou em 1899 nesta mesma estação com seus pais e seus seis irmãos. Casou-se com Arnold Saar e ensinou à filha sobre a história do local de onde se originou Rio Grande da Serra.
Já advogada, Gisela virou historiadora. A histórica Capela de São Sebastião, que correu sério risco de demolição, foi salva por Gisela, que ainda lutou pela reforma de um dos pontos mais importantes na história de Rio Grande da Serra. Talvez, historicamente, um dos Marcos Zero do município.
Na 14ª edição do Congresso de História e de Estudos Regionais do Grande ABC, realizado em novembro, mesmo doente, compareceu ao evento, foi homenageada e muito aplaudida. “Nossa cidade precisa ser abraçada para fazer com que ela evolua e desenvolva para que as pessoas que vivem aqui tenham mais oportunidades”, disse à época.
Após tantas lutas e conquistas, Gisela faleceu em 9 de março deste ano (sexta-feira) e foi velada no dia seguinte em sua casa. No dia 11, foi sepultada no Cemitério São Sebastião, localizado na cidade que a acolheu mesmo antes de existir e que a advogada e historiadora aprendeu a amar.
Curiosidades – Gisela, como não poderia deixar de ser, é considerada uma das principais memorialistas de Rio Grande da Serra e guardou por, pelo menos, 40 anos, diversos objetos relacionados à cidade: Livros, revistas, jornais e fotografias, virando referência no estudo da história do município. Meses antes de falecer, Gisela estava à frente da criação de livro histórico sobre a cidade. Porém, com o agravamento de seu estado de saúde, a obra não foi concluída.