A semana de reuniões entre comerciantes da região central e representantes do Legislativo municipal foi pauta na Sessão da Câmara realizada nesta quinta-feira. O assunto começou a ser discutido por Amaury Dias (PV), que fez requerimento solicitando à Administração mais informações sobre cronograma de obras, entre outras informações acerca da construção do Boulevard Gastronômico.
Rubão: “Eles só olham pra si mesmo e não para seus clientes”
Segundo o edil, os comerciantes estão em busca de mais informações sobe o tema. “Falamos com o Taka (Yamauchi, secretário de Obras), ele passou o cronograma e os comerciantes ficaram mais tranquilos. Ele ainda me garantiu que padronizarão os informativos e falarão com cada um dos afetados. Mas muitos não querem o Boulevard porque perderiam as vagas de estacionamento. Toda obra gera transtorno.”
Edson Savietto, o Banha (PPS), reclamou das guias rebaixadas e dos carros estacionados nas calçadas na região. “Entrarei com Ação Civil no Ministério Público contra a Prefeitura para que eles tomem atitude. Vários idosos já caíram ao andar pela rua. Não dá mais para aguentar, é impossível. Corremos muito risco de atropelamento.” Banha ainda disse que não há bom senso dos queixosos. “Conversei com uma comerciante que disse ser à favor. Ela me contou que não são os clientes que estacionam lá, mas sim os próprios comerciantes.”
Rubão Fernandes (PSD) aumentou o coro. “Não estão preocupados com os clientes, mas sim onde vão estacionar seus carros. Por um simples caso de estacionar carro vamos perder um belo de um investimento?”, questionou. O presidente da Casa ainda salientou que o prefeito Kiko Teixeira lhe prometeu que irá ceder o estacionamento dos funcionários da Prefeitura.
Rogério Luiz contemporizou. “Deve haver respeito pelos comerciantes. Eles têm razão, tem funcionários, não dá pra colocar obra na frente. Sou empresário e tenho que defender esta bandeira, mas também defendo o desenvolvimento da cidade e sei da importância do Boulevard.” Rogério ainda sugeriu que o estacionamento 45 graus que foi vendido na gestão Volpi seja recuperado.
Por fim, Silvino Castro (PRB) foi incisivo. “O gestor anterior ficou com medo de represálias. Temos que arriscar. Para haver desenvolvimento tem que se pagar o preço. Creio que o comerciante que hoje critica, amanhã vai agradecer pelo aumento de sua clientela.” Silvino ainda afirmou que tal terreno já passou por dois donos e que só ficou na criação da planta. Sendo assim, o prazo para que terrenos vendidos pela Prefeitura sejam ocupados venceu e o Executivo pode retomar a posse do local.
