Por Gazeta
Causou revolta na “tchurma da esquerda” e em alguns jornalistas a manifestação nas redes sociais do comandante do Exército brasileiro General Eduardo Villas Bôas, que afirmou que a instituição “compartilha do anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade […]”.
Boa parte da crítica taxou de inoportuna a fala do militar nesse momento. Ora, que momento especial é esse? É apenas o julgamento do habeas corpus preventivo de um cidadão já condenado pela Justiça em Segunda Instância e que, dado à seus infindáveis recursos financeiros oriundos, talvez, da renda de aposentado e mais alguns milhões fruto de suas “palestras”, custeadas à peso de ouro por seus amigos empreiteiros, pagar verdadeiras fortunas a eminentes juristas, desses que trocam tapinhas nas costas com juízes do Supremo, tentando, o que lhe é de direito, livrar-se do cárcere.
Cabe lembrar que o sistema prisional brasileiro tem quase 300 mil condenados em Primeira Instância ou ainda aguardando julgamento, que permanecem presos por falta de recurso financeiro ou condição socioeconômica cultural para contratar um advogado à suas custas ou pleitear a Justiça gratuita.
Mas voltemos ao general comandante de nosso Exército, que não tem obrigação de combater criminosos, mas está nas ruas do Rio de Janeiro dando a cara à tapa e as críticas e o corpo às balas dos traficantes para defender a lei, a ordem e a vida dos cidadãos.
Para isso o Exército serve? Ora, vamos deixar de hipocrisia. Um general é tão somente um brasileiro fardado, portanto, com direito à emitir sua opinião tal como milhões de outros cidadãos o fazem com toda a liberdade. Por que então querem amordaçar os generais?