A última semana de festividades dos 64 anos de emancipação político-administrativa de Ribeirão Pires – e o início da Semana Santa – foram marcadas pela entrega dos mosaicos que representam as 15 passagens da Via Crucis de Jesus Cristo, instaladas na escadaria do Mirante Santo Antônio. O evento foi realizado na segunda-feira (26) com a presença do Bispo Dom Pedro Cipolini, da Arquidiocese de Santo André. Confira todas as obras abaixo:
Projeto da Via Crucis foi idealizado em 1998 e finalizado em 2012
Da Redação
Se engana quem pensa que o projeto da Via Crucis é algo recente. Ele foi idealizado em 1998 pelo então seminarista Irmani Paulo Borsatto. Na época, Borsatto finalizava estudos em Teologia e, em Ribeirão Pires, fundou a Pastoral Vocacional, que reúne jovens da cidade. Com a ida de Borsatto, em 2001, para a Itália, o projeto ficou nas mãos de Antônia Berbel Cuntiero, munícipe que coordenou a Capela de Santo Antônio entre os anos de 1995 e 2005.
Em 2002, a comunidade da Paróquia começou a angariar verba, por meio da antiga associação de bairro e de doações de famílias do município (confira a lista completa abaixo), para a execução do projeto, com a ajuda do Padre Reynaldo Antônio Scrocaro (pároco da época, falecido em 2003).
Após ficar por longo tempo sem apoio do Poder Público, o projeto foi retomado entre os anos de 2007 e 2012. Neste período, a artista Silvana Regina da Luz Zampol, da escola Arte Expoente, ficou responsável pela confecção das peças. Em setembro de 2010, após pesquisa das imagens e escolha dos materiais adequados, Silvana e equipe de profissionais artesãos, professores e alunos da escola, além de colaboradores em particular, deram início aos trabalhos, finalizado em setembro de 2012. As obras permaneceram guardadas até então na sede da escola e foram expostas em duas ocasiões.
Todas as 15 cenas da Via Crucis foram executadas sobre painéis com 100 cm x 110 cm de fibrocimento, confeccionadas a partir de pequenos pedaços de revestimento cerâmicos coloridos, recortados um a um e colados artesanalmente sobre os paineis. Os mosaicos fazem referência ao estilo bizantino, arte milenar que requer muita paciência e criatividade, e retratam as passagens da Via Crucis com riqueza de detalhes, cores, tons, perspectiva e harmonia de efeitos.
As doações foram realizadas pelas seguintes pessoas, famílias e comunidades: Maria Ricci, família Nardelli, família Volpi, família Cavalleiri Pinto, família Reali Salvadori, moradores do Jardim Mirante, família de José Antônio Zampol, José Eduardo Pol e família, família Félix Rocha e família de Viviane Vasconcellos.
E.T.: Muito embora a história oficial não cite seu nome, José Antonio Zampol foi um dos idealizadores do projeto e manteve diversos contatos com o ex-prefeito Volpi, visando a instalação da “Via Crucis”, hoje realidade.