Férias escolares, tempo ensolarado, vento soprando forte. Uma soma de fatores adequados para uma boa e tradicional diversão que os jovens adoram: soltar pipas. Nessa época do ano é só olhar para o alto e observar uma grande quantidade de “papagaios” sobrevoando o céu da cidade.
Loja em Ribeirão Pires oferecem diversos produtos
A disputa no ar para tentar “cortar” e “aparar” o adversário é um entretenimento para a garotada. “É muito divertido, relaxamos a mente e não nos cansamos, mas tem que ter bastante concentração para conduzir o pipa na direção certa”, relata Vitor Dantas, de 16 anos. Segundo ele, o mais importante é “a disputa do ‘relo’ e depois ‘zoar’ o amigo que perdeu a pipa. Se conhecemos a pessoa, é pior ainda, porque a brincadeira leva semanas”, completou. Uma tradição nos bairros de Ribeirão Pires é gritar a palavra “relo” quando se consegue sucesso ao abater o adversário.
A prática de soltar pipa se originou na China e veio para o Brasil em 1596 trazida pelos portugueses. Um fato curioso se deu na época dos Quilombos dos Palmares (1624-1710) quando Sentinelas Avançadas anunciavam por meio de pipas quando algum perigo se aproximava.
Ribeirão Pires possui uma loja especializada em vender pipas. Linhas, peixinhos, varetas taquaras, diferentes tipos de seda, rabiolas, carretilhas de 5 mil a 20 mil jardas em plásticos, acrílico, madeira e até mesmo de aro de bicicleta, além dos tradicionais pipas e arraias são alguns dos produtos oferecidos.
“Junho e julho é a época que mais vende, inclusive até melhor que no final do ano. E um mercado que tem crescido muito é o das meninas. Recentemente fiz uma encomenda somente de sedas femininas e está vendendo muito”, relatou o dono do estabelecimento.
