Por volta das doze horas, fosse na chácara, na praia ou na cidade, éramos convocados para a “Abertura do Bar”. Incontáveis vezes como seu hóspede, ou como convidado para o almoço, seu super equipado bar era referência. Seu gosto por vinhos, vodcas, e licores era refinadíssimo e, embora não fosse fã da cachaça, seu bar dispunha das melhores para gáudio dos amigos apreciadores como eu.
De seu bar provei a famosíssima “Anísio Santiago” e uma versão de “cem anos” da Ypióca com malte, um verdadeiro suprassumo. No último dia 10, ele nos deixou aos 67 anos após nove de luta contra um câncer.
Quem era esse homem? Antes de tudo um gentleman. Americano radicado no Brasil, advogado especialista em telecomunicações, pai, padrasto e marido exemplares, deixa um legado de ações e exemplos na vida pessoal e profissional.
Embora anos luz à frente, intelectual e socialmente, sempre me tratou como igual em nossas conversas sobre futebol (corinthiano que era), família, política ou economia, assuntos sobre os quais tinha amplo conhecimento como advogado que era de grandes conglomerados e acesso direto a alta roda da política. Quando se começou a falar de Dilma ele vaticinou: “ela vai ser presidente”, o que me eriçou os fios de cabelo, mas a informação se confirmou e deu no que deu.
Nesse momento, não poderia deixar de prestar minha homenagem pública, a esse cidadão, que muito ainda tinha a nos oferecer, mas não se discute os desígnios divinos.
Kevin Louis Mundie, vai deixar saudades em todos que o conheceram e tiveram a felicidade de privar de seu convívio.
Por Gazeta