Qualquer sociedade mais ou menos organizada, sempre teve um líder. Na antiguidade, as mais organizadas eram reinos e tinham seu rei. Guardando-se as devidas proporções, ditadores, presidentes, governadores, prefeitos ou chefes de quadrilha, todos são reis de alguma maneira e reinam sobre seus súditos – cidadão ou asseclas, comparsas, capangas – sejam lá o que faz.
Quando um rei morria (ou era morto por idade, doença ou mesmo guerra), logo em seguida seu sucessor tomava posse, e isso deu origem a frase: “Rei morto, rei posto”. Essa sucessão continua ocorrendo, até que a corrente seja quebrada por uma ordem político-social ou policial.
Nosso país começou com um reinado que iniciou-se com Dom João VI, sucedido por Dom Pedro I e Dom Pedro II, até que um novo sistema político, a República, o substituiu. Daí passamos pela Ditadura Vargas, seguida por outro período democrático, derrubado e substituído pela Ditadura Militar, que teve sua sucessão continuada por vinte anos, voltando em seguida ao regime democrático vigente.
Mas o assunto é sucessão. O liderado nunca fica sem seu líder, haja vista que por mais que a política prensa ou mate os chefes do tráfico, para falar de um crime da moda, imediatamente alguém assume seu posto.
Na grande quadrilha do “colarinho branco” liderada, segundo investigações da Lava Jato, por Lula e depois por Dilma, que vem sendo desbaratada, temos segundo denúncias do MPF e da Polícia Federal, novos atores em cena: nada menos que o atual presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves, que estariam à frente da quadrilha.
Quando isso vai acabar? Quem sabe mais uns vinte anos de Ditadura Militar possa pôr ordem na casa.
Por: Gazeta