Com verbas do DADE comprometidas, Saulo “obriga” Kiko a concluir teleférico

Na última quinta-feira (20) o prefeito Saulo Benevides (PMDB) convocou uma coletiva de imprensa para esclarecer alguns pontos em aberto, como o teleférico, as obras paradas e em andamento na cidade e o shopping.

saulo-benevidesNa coletiva, Saulo voltou a defender o teleférico como o “maior projeto turístico do Estado de São Paulo”. No entanto, não deixou de soltar algumas farpas direcionadas ao para o prefeito eleito Kiko Teixeira, que já admitiu fazer um estudo para análise de viabilidade e até mesmo interromper a obra para reverter os investimentos a questões de maior relevância. Para Saulo, o novo prefeito estará, de certa forma, obrigado a concluir o teleférico: “Respeito a opinião do Kiko, que ganhou as eleições, mas eu não sei se está faltando alguma informação para ele, ou se não estudou de verdade essa questão do teleférico. Mas eu queria esclarecer o seguinte: primeiro que não tem como mudar o projeto, porque a obra já começou, e esse recurso não é um recurso do município, esse recurso é do Estado. Ele pode usar o DADE (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias) de 2018, porque o de 2017 já está comprometido com as obras do teleférico”, afirmou Saulo.

Benevides ainda frisou que as verbas oriundas do DADE estão com atraso e que, este é o motivo para a interrupção das obras do teleférico – e não ausência de documentos: “quando falam que o projeto está embargado por causa da CETESB e da Eletropaulo, é mentira, não é estava embargado, nós estávamos pedindo autorização, planejando lá na frente que o teleférico passasse por cima da linha do trem, e que passasse por baixo da rede da elétrica, mas isso em nenhum momento impedia a construção da obra”. Saulo ainda apresentou documentos com licenciamento e autorizações para que o teleférico passe por cima da linha do trem. Questionado sobre o porquê de não tê-los apresentado antes, até mesmo para se defender das acusações de irregularidade, foi vago: “não nos pediram”.

Shopping – Quanto ao Shopping, Saulo explicou o modelo do negócio, com a prefeitura trabalhando com incentivos, ou seja, a concessão do terreno da Fábrica de Sal, enquanto as obras ficariam por conta da iniciativa privada. “O nosso projeto era de um empreendimento com 137 lojas e 5 salas de cinema, para gerar cerca de 800 empregos”, disse o Prefeito que ainda continuou, “o intuito era trazer o público de cidades vizinhas, como Rio Grande da Serra, para consumir na cidade e aquecer a economia”.

Quando questionado sobre o porquê de uma concessão tão longa (não onerosa e por 99 anos), Benevides elencou exemplos de outras cidades que “estão oferecendo terrenos e até mesmo galpões para a instalação de empresas”, a chamada guerra fiscal e que, se não tiver atitudes similares, haverá mais empresas deixando Ribeirão Pires. “É importante oferecer as licenças por mais tempo para que as empresas permaneçam em Ribeirão” e assim “as pessoas trabalhem na cidade e não fora”.

Saulo concluiu falando das obras: “Nós já estamos fazendo o balanço de quantas obras vão ficar para o próximo governo. E também, a qualquer momento pode começar mais obras pela cidade, o viaduto é um exemplo, uma conquista minha. Foi eu que conversei com o presidente Michel Temer e conquistei os R$ 58 milhões para o viaduto.

Compartilhe

Comente

Leia também