Aos 67 anos de idade, casado e pai de três filhos, Eduardo Nogueira (SD) está em seu primeiro mandato como vereador em Ribeirão Pires. Após começar a carreira profissional na empresa Jovipa, seguiu como comerciante por mais de 30 anos, tendo sido proprietário da Padaria Central e presidente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola (Aciarp).
Na vida pública, ingressou como Secretário de Promoção Social e agora, como vereador de Ribeirão Pires, possui 17 leis aprovadas. Em entrevista ao Mais Notícias, ele falou sobre seu mandato e sua candidatura à reeleição.
Mais Notícias – O que te levou a ingressar na vida pública?
Eduardo Nogueira – Sempre tive atuação voltada para o Social e a vida pública lhe dá as ferramentas para contribuir na valorização da vida. Como Secretário de Promoção Social, por exemplo, elevamos os repasses de verbas para entidades sociais em 200%, ampliando o atendimento as camadas mais carentes da sociedade. Um outro projeto interessante, foi colocar em prática o Casamento Comunitário, união civil gratuita para quem não tinha condições financeiras, dando direitos civis a centenas de famílias de Ribeirão Pires, além da ampliação dos cursos profissionalizantes na escola Professor Paulo Freire.
MN – Mas como oferecer desenvolvimento social se não há oportunidades de emprego?
EN – É difícil, por isso, temos que lutar para que grandes empresas, não poluentes, se instalem em nossa cidade. Fizemos isso quando ocupei a presidência da Aciarp, em 2003, contribuindo para a instalação da Tubos Ipiranga em Ribeirão Pires. Agora como vereador, conquistamos a unidade da Coop no Centro Alto, que será inaugurada na Avenida Santo André, na Vila Aurora. E logo que assumi, cobrei a inauguração da UBS do Centro Alto e a Base da Guarda na mesma região. Acredito que assim é possível melhorar a qualidade de vida das pessoas.
MN – Como foi o processo de trazer a segunda loja da Coop para Ribeirão Pires?
EN – Eu acredito que a pessoa pública precisa trabalhar em prol da sociedade. Quando trouxemos a Tubos Ipiranga, percebi que era possível abrir diálogo com o empresariado, então, quando assumi a cadeira de vereador, sabia da necessidade de desenvolver a região do Centro Alto e que uma das principais reclamações era justamente a falta de um grande supermercado na região. Como já conhecia a direção da Coop pelo trabalho social que realizam em Ribeirão Pires, fui a eles e comentei dessa necessidade. A partir daí a Coop iniciou o processo de análise e escolheu a área na Vila Aurora. Desta maneira, conseguimos colaborar para mais uma conquista da população.
MN – Você se coloca como um parlamentar voltado para o social, como é isso?
EN – É através do social que podemos mudar a nossa realidade com pessoas sendo cuidadas e amparadas por leis. Só assim damos oportunidades iguais para todos. Não adianta promover o assistencialismo, as vezes é necessário pela urgência do problema, mas precisamos criar oportunidades para essas pessoas crescerem na vida.
MN – Como Vereador, qual foi a sua contribuição para cidade de Ribeirão Pires?
EN – Procuro exercer bem o papel de Vereador. São de minha autoria e por indicação, 17 leis que contribuem para o desenvolvimento da nossa cidade e sua população, entre elas, a Zona Azul prioritária para idosos e pessoas com deficiência, garantindo estacionamento em qualquer vaga do sistema rotativo; a lei que reserva 50% das vagas em eventos da Prefeitura para artistas da cidade; a lei que criou o Bolsa aluguel municipal em casos de catástrofes; o Parada Segura que assegura a mulheres, idosos e pessoas com deficiência embarcar e desembarcar fora dos pontos de ônibus após as 22 horas por conta dos risco de assaltos e distância entre as paradas; e a lei que garante os repasses de verbas para entidades sociais. Além das leis, defendo e cobro transparência e seriedade no setor público, por exemplo, votando pela CEI da Saúde, e apoio projetos e programas sociais e de empregabilidade.
MN – O que você não conseguiu fazer neste mandato e que deverá realizar caso seja reeleito em 2 de outubro?
EN – Nem sempre conseguimos realizar tudo que propomos, alguns projetos ainda não entraram em vigor. A Guarda Comunitária nos bairros, por exemplo, é um programa possível de se fazer e a Prefeitura não tirou do papel. Nele, a Guarda ficaria em bases nos bairros e a população teria um número de telefone especifico para chamar em caso de necessidade. Outra indicação é a aplicação do IPTU Verde, com descontos no imposto para residências, comércios e indústrias que utilizarem práticas sustentáveis, como reuso de água, energia solar e solo permeável. Pretendemos ainda implantar legislação que incentivem ainda mais a instalação de empresas na cidade, gerando emprego e promovendo desenvolvimento, além é claro, continuar a fiscalizar o Executivo, cobrando o que está errado e propondo soluções.