Em entrevista exclusiva ao Jornal Mais Notícias na tarde desta quinta-feira (18), Cleson Alves (PMB) afirmou que, apesar de sua inscrição não ter sido realizada até o dia 15 de agosto, como manda a lei eleitoral, ainda estará apto a concorrer às eleições deste ano.
Pré-Candidato foi alvo de sabotagem
Segundo ele, a não inscrição que o deixaria fora do pleito, aconteceu por uma falha do representante do partido que estava responsável pela documentação, o que podemos classificar como sabotagem: “deixamos essa parte sob responsabilidade de uma pessoa que me garantiu que estava tudo de acordo. Entretanto, esta pessoa tinha alguns desejos, entre eles que nossa candidatura se unisse à de Guerra (PMDB) ou de Claudinho da Geladeira (PT) e não cumpriu com suas obrigações”, conta. “Na semana passada, quando o prazo estava se extinguindo, vi a necessidade de fazer a parte deste cidadão e isso atrapalhou e o prazo expirou, complicando as coisas para mim”.
De fato, a inscrição não foi feita no prazo, mas, felizmente, foi encontrada uma solução: “Achei que tudo estava acabado, mas a lei permite que façamos a inscrição de forma individual. Então fizemos uma corrida contra o tempo para garantir a participação e, nesta sexta-feira, todos iremos apresentar nossa documentação no cartório e iremos mostrar a nossos adversários que não estamos de brincadeira”. Cleson se refere ao artigo 11º da Lei 9.504, a Lei das Eleições, que diz: “Na hipótese de o partido ou coligação não requerer o registro de seus candidatos, estes poderão fazê-lo perante a Justiça Eleitoral, observado o prazo máximo de quarenta e oito horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pela Justiça Eleitoral”. Desta forma, Cleson e os candidatos, irão proceder em suas inscrições de forma individual. “A pessoa que fez isso irá sofrer as punições partidárias. O caso já foi passado para a direção estadual e nacional. O partido está conosco e irá tomar as devidas providências”, afirma o indicado do PMB à corrida eleitoral em Rio Grande da Serra, antes de completar: “Se eles pensaram que isso iria dividir o grupo ou prejudicar nossa campanha, estão enganados. Isso só fortaleceu. Nosso grupo vai com gana e com vontade pois eles perceberam que tentaram nos passar uma rasteira”.
Cleson, que já tem 20 anos de vida pública, concluiu dando um recado aos responsáveis por esta situação: “Eu já tinha dito a essa pessoa e a outras que não tenho preço, tenho valores. Não adianta tentar comprar minha dignidade. Isso não vai acontecer nunca. O dinheiro pode comprar o mundo, mas não compra Deus e Ele está conosco. Eu não vou me vender, vou até o final. Posso até perder eleições, mas sempre com dignidade”.
Entenda o caso – Cleson foi indicado candidato a prefeito de Rio Grande da Serra pelo PMB, mas o partido não fez a inscrição no dia 15, até o fechamento do cartório, conforme disposto em lei, o que deixaria tanto ele quanto sua coligação fora das eleições deste ano. Com a confirmação da inscrição, a cidade voltará a ter quatro candidatos a prefeito. Além dele, disputarão o pleito Gabriel Maranhão (PSDB), Claudinho da Geladeira (PT) e Edvaldo Guerra (PMDB).
