A Associação Comunidade Nova Jerusalém (localizada na Vila Suissa), que representa os moradores do Centro Alto, está coletando assinaturas visando garantir um projeto de lei de iniciativa popular que dê fim à polêmica em torno do destino da Fábrica de Sal. Durante os próximos dias, agentes da Associação farão coleta de assinaturas na Vila do Doce, Rodoviária e de casa em casa.
Segundo a fundadora da Associação, Iracy Rocha, o objetivo da ação é identificar os interesses da população com respeito ao espaço (Antiga Fábrica de Sal e entorno). “O resultado desse levantamento será apresentado como projeto de iniciativa popular na Câmara Municipal de Ribeirão Pires, em sessão realizada no próximo dia 04 de abril. Contamos com a participação de todos para ajudar a construir o futuro de Ribeirão Pires”, explicou Iracy.
O abaixo-assinado levanta a seguinte pergunta: “Você é favorável a concessão da área da antiga fábrica de sal para construção de um shopping center?”. Podendo responder SIM ou NÃO, os interessados em participar da pesquisa devem preencher alguns dados como nome, endereço, RG, telefone, título de eleitor (com zona e seção) e assinatura. Esses dados são necessários porque, segundo a lei, para se criar um projeto de inciativa popular é preciso ao menos 5% de participação dos eleitores da cidade. Ribeirão Pires possui 88.849 eleitores, assim sendo pelo menos 4.500 assinaturas favoráveis ou contrárias precisam ser coletadas para seguir com a proposta.
Questionado sobre a iniciativa, o prefeito Saulo Benevides se manifestou favorável: “Quando apresentei a proposta do shopping, alguns vereadores usaram o momento para fazer manobra política, tirando da população esse benefício. Agora a população vai opinar e dizer o que querem. Se a maioria quiser um shopping, a Câmara vai ter que rever sua postura. Se a maioria não quiser um shopping, renunciaremos ao projeto”.
No texto que explica as intenções da Associação, há destaques para os prós e os contras de um shopping na citada área.
Prós – incentivo a empreendedores; mais de 120 lojas; salas de cinema; praça de alimentação e grandes; mais de 1000 empregos; desenvolvimento do Centro Alto ao atrair bancos, supermercados e lojas em geral; uma nova escola infantil, com mais vagas e a modernização da biblioteca municipal.
Contras – Trânsito, alterações na mobilidade urbana, ruído, fluxo de pessoas, demolição da escola e da biblioteca e impacto em toda a vizinhança.