Roubos, falta de manutenção e insegurança: Rodoviária é alvo de reclamações

As condições do Terminal Rodoviário Turístico de Ribeirão Pires são alvo de diversas reclamações feitas por passageiros, comerciantes e funcionários. Dentre os itens mais citatos, destacam-se a falta de segurança, higienização e até mesmo condições precárias de trabalho no local. Inaugurado em 2009, o terminal recebe cerca de 10 mil pessoas por dia e sua estrutura física oferece cerca de 20 boxes entre lanchonetes, bombonières, produtos eletrônicos e banheiros.

Terminal Rodoviário Turístico atende cerca de 10 mil pessoas por dia

Terminal Rodoviário Turístico atende cerca de 10 mil pessoas por dia

E é justamente deste grupo que vem as primeiras queixas. Assaltados diversas vezes, os comerciantes pedem socorro: “Os guardas nunca ficam aqui na Rodoviária e não tem ninguém que faça a nossa segurança e, o pior: quem fala demais leva”, relatou um comerciante que preferiu ter a identidade preservada..

Segundo os funcionários da limpeza, a situação piora durante a noite. “Ninguém gosta de limpar os banheiros no período noturno, é muito perigoso. Uma funcionaria já apanhou de um morador de rua”. Ela conta também que há casos de assédios: “Sem segurança, o assédio aqui aumentou. Os homens entram nos banheiros femininos e não conseguimos tirá-los de lá”.

Os banheiros públicos também recebem visitas de usuários de drogas durante os períodos da tarde e noite. “Depois que a GCM (Guarda Civil Municipal) saiu do Terminal a segurança piorou e os usuários de entorpecentes estão sempre presentes nos banheiros. Não conseguimos trabalhar tranquilos”, declaram os funcionários, que também relataram a falta de itens como produtos de limpeza e até mesmo papel higiênico: “Somos obrigados, querendo ou não, a comprar material para trabalhar porque a Prefeitura nunca manda”, lamenta uma integrante da equipe de limpeza.

Nossa reportagem questionou a administração do Terminal Rodoviário que não negou o fato: “Estamos sim, com falta de funcionários na parte da limpeza, já solicitamos há meses na Prefeitura e ela não nos manda. Com os produtos de limpeza é a mesma coisa, este mês por exemplo, pedimos 40 fardos de papel higiênico e ele nos mandaram apenas 11. Os produtos de desinfetante e cloro não foram enviados”, explicou o funcionário do administrativo.

Na última segunda, o vereador Paixão (PPS) fez cobranças em relação a situação do local durante a sessão da Câmara, fazendo relato similar ao descrito nesta matéria.

Prefeitura – Informada sobre as reclamações, a Prefeitura afirmou “não ter conhecimento de abusos ou de violência contra funcionários”. Quanto à segurança, “é feito patrulhamento constante por parte da GCM” e que “as pessoas com queixas devem apresentar seus relatos às autoridades para que providências sejam tomadas”. Em relação ao material de higiene e limpeza, “a falta acontece esporadicamente quando há interferência na entrega para toda a Prefeitura, mas a situação já está sendo normalizada” e, por fim, a falta de funcionários da limpeza será sanada com a “convocação de aprovados em Concurso Público”.

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