“Quem vai defender o PT é o próprio PT”. É com essa frase que o Coordenador da Macro ABC, Claudinho da Geladeira defende a sua pré-candidatura a prefeito de Rio Grande da Serra.
Apesar de, nacionalmente, o momento não ser tão favorável ao partido, ele afirma que não há possibilidade de o partido abrir mão das candidaturas majoritárias, ressaltando a necessidade de engajar a militância em prol do projeto: “Nossa preocupação é fortalecer o partido e ampliar as bancadas nas cidades”.
Rio Grande da Serra onde, mais uma vez, tende a polarizar a disputa com o atual prefeito Gabriel Maranhão (PSDB), foi o ponto de partida deste posicionamento da legenda tendo ele mesmo como protagonista: “esta foi a primeira pré-candidatura do estado de São Paulo”, afirmou, descartando veementemente a hipótese que chegou a ser levantada (pela imprensa) de uma composição inusitada em que ele integraria a chapa de situação como vice em articulação promovida pelo prefeito Luiz Marinho: “(hoje) em Rio Grande, só há duas forças políticas: nós (PT) e o governo. Daria W.O. então?”, disse antes de usar uma frase de efeito: “água e óleo não se misturam, então isso (uma composição PT/PSDB) não vai acontecer nunca”.
Animado, Claudinho afirma que a confirmação da pré-candidatura causa reflexão: “Rio Grande agora tem um contraponto, então a administração tem que trabalhar porque olhando no retrovisor estamos crescendo. E isso é bom para a cidade e vai ao encontro da nossa proposta que é fortalecer e criar novas lideranças”.
Ele não desamina mesmo quando questionado sobre as críticas que o partido tem recebido: “fizemos uma pesquisa nesse sentido e, em Rio Grande, constatamos que o eleitor vota na pessoa. Por isso não vejo que isso possa prejudicar (a pré-candidatura)”.
Claudinho concluiu fazendo uma análise crítica da atual situação da cidade de Rio Grande da Serra: “Se você colocar no papel, o grupo dos Teixeira governa Rio Grande há quase 40 anos. Temos que analisar o que a cidade avançou nesse período. A cidade não tem semáforo, maternidade, organização, rodoviária, assistência médica, enfim, não tem planejamento para o futuro. Faltam investimentos em preservação ambiental, não há uma política para isso. A cidade cresceu desordenada e afunilada. O Maranhão é a sequência deste projeto. Temos que nos perguntar qual a cidade que queremos em 20 anos. É esse o debate que queremos abrir”.
Por fim ele deu uma ideia do que pode fazer caso sua pré-candidatura se mostre vencedora ao fim do processo eleitoral: “a cidade precisa de um prefeito humanizado, vindo do povo, que possa defender o povo com muito trabalho incluindo Rio Grande na discussão regional”, concluiu.