Fim do mistério. Após meses de negociações e diversos convites, o ex-prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi decidiu: será candidato a prefeito pelo PSDB em Mauá.
A mudança, que já era especulada nos bastidores, se dá por conta de um novo projeto do PSDB, que consiste em montar uma significativa base na Grande São Paulo, convertendo a região outrora principal base do PT, o chamado “Cinturão Vermelho” no “Cinturão Azul”, com a maior parte das prefeituras sob o comando – ou dentro da alça de alianças – Tucana.
Para isso, o partido está recrutando nomes de peso, como Jose Auricchio, que irá concorrer em São Caetano do Sul, e o próprio Volpi. Em entrevista exclusiva ao Mais Notícias, ele, que volta ao partido pelo qual foi presidente estadual e deputado federal, explicou a situação: “Pela minha relação com o governo do Estado e com o Governador Geraldo Alckmin, por ele ter me acolhido junto com o PTB após sair da Prefeitura, pela ligação e por ter sido presidente estadual do PSDB, aderi ao projeto de ajudar a formar o “Cinturão Azul”.
Volpi explicou a demora em aceitar o convite: “eu tenho um carinho e uma ligação muito grande com Ribeirão Pires, a cidade que deu um ‘up’ na minha carreira política, foi um grande prazer governar a cidade, mas, muito conscientemente aceitei esse desafio que é uma verdadeira missão. Como soldado do governo disputarei a eleição em Mauá”. O ex-prefeito de Ribeirão Pires concluiu reconhecendo o tamanho do embate que terá na cidade vizinha: “será muito difícil, estarei concorrendo contra um prefeito que busca a reeleição (Donisete Braga) e contra dois deputados (Vanessa Damo e Átila Jacomussi), mas irei encarar. Sou soldado do partido e soldado não escolhe em que batalha vai guerrear. Gosto destes desafios”.
Ribeirão Pires – Quanto a Ribeirão Pires, Volpi afirmou que o grupo do qual faz parte ainda irá definir uma estratégia. “Iremos nos reunir para definir a melhor estratégia para as eleições do ano que vem. Faremos uma análise do momento atual e do futuro para discutir o que irá acontecer mais à frente”, explicou.
Em seu arco de alianças, estão o PTB, o PR, o PHS e o PTC, legendas que detêm em seus quadros nomes importantes como os de Antonio Muraki, Nonô Nardelli e Charles D’Orto, entre outros. “Faremos uma análise do que é mais viável para o grupo e para os candidatos a vereador”, completou.
Um apoio a Kiko, pré-candidato a prefeito pelo PSB, está descartado neste momento: “nosso grupo não tem relação com o Kiko e nem ele conosco”, concluiu.