Todos esperavam uma sessão tumultuada na Câmara de Vereadores na tarde de ontem quarta-feira, (15), onde o grupo do Sindicato dos Trabalhadores Municipais da Educação (Sineduc) esteve presente com a campanha salarial de 2015 denominada “Servidores (as) Municipais de Olho no Governo Para Avançar Mais”.
A sessão teve início com 1h30 de atraso e teve como destaque o Projeto de Lei do Executivo que reajusta salários de educadores da rede municipal. Com a aprovação unânime, foram contemplados os Coordenadores de Programas Pedagógicos que de R$ 2.394,32 passam a receber R$ 3.372,45, os dirigentes de ensino que recebiam R$ 2.744,54 e, com reajuste, passam a ter um piso de R$ 3.372,45, professor de Planejamento em Educação, que tiveram um aumento de R$ 2.744,54 para R$ 4.016,62 e, por fim, os supervisores cujos vencimentos passarão dos atuais R$ 2.744,54, para R$ 4.016,62, com o pagamento previsto para maio. “O projeto de lei tem a histórica importância de corrigir um grande erro na carreira do Magistério. Os profissionais que assumem a gestão das Unidades Escolares têm que ter sua valorização da mesma forma que os outros profissionais”, afirmou Perla Freitas, presidente do Sineduc.
Porém o Sineduc não foi o único grupo presente. Um grupo de professores e monitores do Centro de Formação Profissionalizante Professor Paulo Freire, assistiram a sessão e, em forma de protesto, entregaram para cada vereador 1 kg de feijão, alimento entregue nas cestas básicas pelo Sindicato para os funcionários públicos, alegando que muitos alimentos estão impróprios para o consumo, dando origem a uma forte discussão entre os vereadores e o público presente. O “quebra-pau” ficou ainda maior quando o vereador Zé Nelson (PSD) ameaçou encerrar a sessão por conta da confusão. A GCM chegou a ser acionada para conter os ânimos.
Luiz Rodrigues Castro, professor do Paulo Freire, ressaltou que a confusão não era o objetivo da manifestação: “Não estamos contra ao aumento salarial dos professores, porém queremos os mesmos direitos. Há duas semanas, estive fazendo uma denuncia pedindo que nosso caso fosse analisado e nada aconteceu. Faz 10 anos que nos reunimos direto com o prefeito pedindo por melhores condições de trabalho e nosso caso nunca se tornou urgente”.