Nesse ultimo sábado (14) foi realizado um debate sobre “Crise da água no Estado de São Paulo e os impactos no Reservatório Billings” nas dependências da Câmara Municipal de Ribeirão Pires. Entidades de classe, ligadas ao Movimento Popular e Ambiental se reuniram em prol da luta na defesa e pela despoluição da represa Billings.
“Diante da crise que se apresenta de longuíssima duração, a Billings será um reservatório solidário e estratégico para o abastecimento público e precisa urgentemente de tratamento, investimento, despoluição politicas de preservação e de respeito! A lei estadual de proteção e recuperação da represa Billings (lei específica da bacia hidrográfica do reservatório Billings) até hoje não é cumprida”, afirma a organização do evento.
Outros assuntos indispensáveis foram abordados pelo comitê como a real situação do reservatório da Cantareira, que vem sofrendo uma grande defasagem por consequência da escassez de chuvas e a proposta do Governo do Estado de São Paulo de realizar a transposição de águas da represa Billings, que hoje atua com 92,4% de sua capacidade de reserva, para o Alto Tietê e para o reservatório da Cantareira, que atingiu 13,3% de sua capacidade, com a previsão de bombeamento de águas do Rio Pinheiros para manter o nível da represa.
Para compensar a baixa no reservatório, esta é uma saída que o Governo Estadual encontrou para abastecer a região metropolitana, onde a situação poderá agravar-se no final de março quando a quantidade de chuvas deve diminuir consideravelmente no estado. Contudo o projeto está sendo avaliado com cautela, devido as águas do Rio Pinheiros terem um nível de poluição maior que as águas da Represa Billings, o que pode causar consequências ambientais que exigem cuidados. “Nosso receio é que essa ação de desviar represas, rios e demais fontes de água na Cantareira se tornem uma ação permanente que leve a problemas de secas ainda maiores. Pretendemos organizar uma estratégia contra a proposta fácil do governo estadual que é retirar água da Billings para a Cantareira, mas também tem que cumprir a Lei 13.579/09 e recuperar a represa” ressalta o grupo.