O ex-ministro da Saúde do governo Dilma Rousseff e pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo PT, Alexandre Padilha, recebeu na sessão da Câmara Municipal do dia quatro de junho o título de cidadão ribeirãopirense. A honraria foi proposta pelo companheiro de partido de Padilha, Renato Foresto.
A Câmara recebeu um ótimo público para acompanhar a solenidade, a maioria composto por militantes do PT e sindicalistas. A presença de Padilha causou certo tumulto na sessão, por conta da grande quantidade de pessoas que queriam tirar uma foto com o ex-ministro. Ao começar o evento, o presidente da casa, Edson Savietto, o Banha (PDT), solicitou que todos os requerimentos fossem votados em bloco. Em seguida, o vereador chamou Alexandre, a vice-prefeita de Ribeirão Pires e secretária de Educação, Leonice Moura e a superintendente da Apraespi (Associação de Prevenção, Atendimento Especializado e Inclusão da Pessoa com Deficiência de Ribeirão Pires), Lair Moura para lhe acompanhar na tribuna.
A primeira a falar foi Lair, que afirmou que a Apraespi tinha que estar presente na Câmara “por ser a melhor entidade filantrópica do Estado de São Paulo”, além de agradecer o trabalho em conjunto do Ministério da Saúde e a Associação. Depois, Leo agradeceu o carinho dos vereadores e a quantidade de projetos para a Saúde que vieram para Ribeirão, e frisou: “O Padilha foi um dos únicos ministros que se importaram com Ribeirão.”
Alexandre Padilha recebeu o homenagem das mãos de Renato Foresto
Já Jorge da Autoescola (DEM), procurou destacar que, após as eleições, todos os parlamentarem se unem. “Hoje, é o ‘Partido Ribeirão Pires’. Não estamos representando nenhuma outra legenda aqui.”, e pediu: “Quando der, peço que o senhor dê uma olhada na nossa Índio Tibiriçá, ela está muito perigosa”. Hércules Giarola (PROS) elogiou a administração de Lair à frente da Apraespi, e lamentou a ausência de mais projetos desse tipo. “Pena que você administra a exceção, poderíamos ter outras Lairs por aí”.
Silvino Castro (PRB) acredita que a Saúde está diferente por conta de Alexandre. “O senhor deu o primeiro passo”, brandou. Cléo Meira (PTN) solicitou que ele, caso venha a ser governador, não se esqueça da Educação de Ribeirão. Por fim, Renato Foresto disse, de forma alegre, que deu o título à Padilha “por ele ter criado e levado para Ribeirão as UBS’s e o Programa Mais Médicos”.
Quando foi convidado a falar, Padilha alegou que “receber este título me deixa bastante honrado, me sinto um filho desta cidade agora”. Ele também disse ter um “comprometimento histórico” com a região do ABC, por tudo o que ela representou para o crescimento de São Paulo, e ainda disse que, se não fosse por ele, a Saúde estaria pior. “Se não tivéssemos tido a coragem de tomar atitudes que, inclusive, ia contra o que meus colegas médicos queriam, com certeza nem Ribeirão, nem os municípios semelhantes seriam beneficiados com melhorias.”
Para completar, o político afirmou que quer reforçar os compromissos com Ribeirão, e que “se nós não fôssemos buscar inovações e seguíssemos com os planos tradicionais, continuaríamos com os mesmos problemas”.
Sessão
Ao fim do festejo, a sessão foi retomada após uma pausa, e o único projeto a ser votado (de autoria do vereador Anderson Benevides sobre a nomeação de uma rua sem nome) foi adiado por uma sessão. Na Tribuna Livre, Foresto mencionou a inauguração da Comissão da Verdade Municipal na próxima segunda, nove de junho, e criticou àqueles que defendem a Ditadura. “Quem escreve que está com saudades daquela época não a viveu”, disse. Também atacou Saulo, que escreveu um artigo de resposta no jornal A Voz, ao alegar que as informações nele contidas são contraditórias, e questionou se foi uma resposta ao que ele disse na sessão anterior. “Se foi em resposta a minha pergunta, ele deu com os burros na seca da Cantareira, pois não tem água em São Paulo.”
