Semana passada publiquei neste mesmo espaço um artigo sob o título “Que saudades da Ditadura”, esperando uma enxurrada de críticas. Aconteceu o contrário, muitas pessoas ligaram, mandaram e-mails ou me abordaram na rua para parabenizar pela coragem de publicar o artigo ou simplesmente para corroborar as informações contidas no mesmo, como fiéis à realidade da época. Recebi inclusive um telefonema de uma leitora que disse ter lido num dos editoriais do jornal “O Estado de S. Paulo” um texto muito parecido com o meu, o que muito me envaideceu. A única manifestação contrária veio num encontro na rua, onde o presidente municipal do PC do B ou PCB contestou meu texto.
Estou voltando ao tema visto que o país está se aproximando de situação semelhante ao ocorrido antes da tomada do poder pelo grupo de direita. O país está ingovernável. Duvida?
No Rio de Janeiro o exército foi chamado para intervir; no Norte do país cidades inteiras promovem a desobediência civil, ignorando regras de trânsito e não emplacando veículos; no Sudeste maravilha, onde segundo o governador Alckmin bandido não fica famoso, a bandidagem domina visto que para cada bandido morto pela polícia, os demais queimam dois ônibus.
Chefes de quadrilha atrás das grades demonstram mais poder que governadores nos palácios e nossa polícia não combate os vândalos senão com esquadrões especializados que “só usam munição não letal”, enquanto os mesmos queimam e depredam o patrimônio público e privado.
O que pensar da governabilidade do país quando os principais assessores e aliados do ex-presidente estão na cadeia e a Presidente do país está sendo investigada por improbidade quando no comando do conselho de empresa do governo?
Estamos à beira do caos, isso se o mesmo já não estiver instalado. Só por Deus…!
Por Gazeta
