Ao ler o título desse artigo, o leitor pode levantar questionamentos já que vem sendo bombardeado por informações bilaterais tecendo severas críticas ao Regime Militar, iniciado em 31 de março de 1964, quando o país ameaçado pela possibilidade da dominação comunista obrigou as forças armadas e a facção política que combatia a Ameaça Vermelha, a declarar vaga a presidência da República, cujo titular João Goulart havia fugido do Brasil.
O Golpe não foi executado somente pelos militares, teve participação ativa de políticos patriotas comprometidos com a salvaguarda das nossas instituições. O país estava sim ameaçado pela ideologia comunista, que o próprio tempo acabou demonstrando ser um fracasso, já que sucumbiu em todos os países onde era praticada.
Com a tomada do poder pelas Forças Armadas, os simpatizantes, ideólogos e militantes da causa comunista procuraram se organizar e levantaram recursos para combater o novo regime. Aí aconteceram assaltos a bancos, sequestros, atentados e assassinatos, que foram reprimidos com prisões e mortes. Na verdade ocorreu uma guerra subterrânea e sem regras, como sempre acontece em eventos parecidos (Chile, Uruguai, Argentina e, mais recentemente, Síria e Egito, com combates muito mais cruentos e números de vítimas infinitamente maior).
Guerrilha a parte, o Brasil tomou novo rumo. A criminalidade comum caiu a níveis baixíssimos, a economia cresceu e o cidadão comum como eu, trabalhava e progredia. Um belo dia, a democracia voltou, e com ela a corrupção, a criminalidade, a cobrança abusiva de impostos, os cabides de emprego, a má gestão do bem público e por aí vai.
Antes de escrever esse artigo conversei com várias pessoas que, como eu, vivenciaram estes vinte anos e mais outros quarenta ou cinquenta, e todos com alguma ressalva, é claro, concordaram que foram bons anos para se viver.
Por Gazeta