Ribeirão Pires desperta interesse de grandes indústrias

 

Apesar de ser uma cidade com uma série de restrições em virtude de estar localizada em área de manancial, cresce o número de empresas que desejam se instalar na cidade de Ribeirão Pires. Nos últimos dois meses, sete representantes de indústrias – sendo quatro de grande porte -, procuraram a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Trabalho e Renda interessadas em se abrigar no município. “Ribeirão vive em um momento extremamente favorável a nível de procura de empresas em relação à cidade, e esse número pode ser maior, pois têm empresas que vão direto ao gabinete do prefeito”, ressalta o secretário da Pasta, Marcelo Menato, completando que uma grande empresa acaba de comprar a Bartira, porém, ainda não está autorizado a dizer o nome do grupo.

Segundo Menato, boa logística e localização de Ribeirão Pires estão entre os principais motivos pela grande procura

Ele conta que entre os principais motivos alegados pela maioria das empresas estão as questões da boa logística e localização que a cidade possui. “Ribeirão Pires é muito próxima ao porto de Santos e próxima a São Paulo. Com o Rodoanel e o recapeamento da SP-31, o município virou um ponto muito estratégico, estamos a 50 km do Porto de Santos, a 35 km do aeroporto de Cumbica, aliado também à boa qualidade de vida da cidade, então, tudo isso faz com a gente tenha uma procura muito grande”, fala Menato.

Nos últimos meses, três empresas com faturamento acima de R$ 1 bilhão procuraram a Secretaria, com propostas para se instalar na cidade, mas faltam terrenos para atender a demanda. “Uma empresa queria área construída em 100 mil m². Não temos áreas disponíveis com acesso fácil, temos que pensar assim: a cidade não pode colocar uma indústria no Bertoldo, por exemplo, tem que ser em lugares onde já existam corredores industriais pré-desenvolvidos, como a Salvador Ripoli, a Pedro Ripoli, a SP-31 e alguns lugares de Ouro Fino, que eu diria que estão sendo talhados para ter indústrias. Temos, inclusive, que delimitar esses lugares para que as indústrias possam conviver pacificamente com residências e assim evitar que isso seja, no futuro, um motivo para elas irem embora”, diz ele, que completa: “Aquela região toda da Salvador Ripoli e Pedro Ripoli é, no meu entender, o nosso mini pólo industrial, claro que a Pedro Ripoli precisa ser asfaltada, pois só metade dela está pavimentada. Um ano foi a crise, no outro a chuva que impediu a Prefeitura de fazer (o asfalto), mas quem sabe ano que vem a gente consiga fazer essa complementação”.

Aliado à logística e à localização, Menato também destaca como um dos motivos a lei de incentivos fiscais, que autoriza o Poder Executivo a conceder benefícios no pagamento dos impostos e taxas municipais, de forma percentual e progressiva, às empresas que desenvolvam processo produtivo industrial, de tecnologia de ponta, informática, comunicação, telecomunicações, telemarketing, bem como às de organização de pesquisa científica e tecnológica, e de prestação de serviços na área de transporte de cargas e logística, ensino superior, que vierem a se instalar ou as já existentes no município, desde que estas últimas façam investimentos na cidade, como obras de infraestrutura urbana, equipamentos comunitários, programas de saúde e cultura.

Recorde de empregos – Em agosto, Ribeirão Pires bateu recorde em volume de contratações: foram 1.122 vagas de admissão, ficando na 24ª posição do ranking do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED, órgão do Ministério do Trabalho. Em média, são criados 500 novos postos de trabalho por mês. O setor que mais emprega em Ribeirão Pires é o industrial, seguido por comércio e serviços. Menato atribui o aumento à chegada de novas empresas ao município.  “A vinda destas empresas é fruto do trabalho realizado pela Prefeitura no município. Existe uma estratégia adotada pela administração pública que reúne uma série de ações, para atrair novos empresários”, finalizou.

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