Na última quinta-feira, foi realizada, no Teatro Municipal Euclides Menato, Audiência Pública para apresentar o projeto “Reino Encantado”, novo equipamento turístico que está sendo projetado pela Prefeitura de Ribeirão Pires.
Espécie de shopping center à céu aberto, seria erguido na parte não ocupada da área onde funcionava a Antiga Rodoviária, no Centro, que ainda terá uma loja da Di Gaspi e outra do Habib’s e terá um portal com aproximadamente 12m de altura, a Casa do Chocolate Artesanal, uma espécie de mini-fábrica da iguaria aberta à visitação turística, o Recanto do Cambuci, para comércio de produtos baseados na fruta, o Café Colonial com Fondeau, além de seis quiosques para venda de produtos da gastronomia local. Entre a nova estrutura e as lojas-satélites, seria erguida a Fonte das Águas Encantadas, que, segundo a Prefeitura seria “visitável e interativa”, permitindo inclusive um “contato direto com a água”.
Para completar, ainda seria feita uma requalificação urbana do entorno, com a Rua Euclides da Cunha transformada em um calçadão que seria um centro de eventos e palco de eventos sazonais de acordo com a época do ano, como o Natal Encantado, a Páscoa e o Dia das Crianças, por exemplo, ligando o Reino à Vila do Doce, além de intervenções para aumentar o número de vagas de estacionamento, com um bolsão para 125 vagas que seria erguido nas imediações com a aquisição de uma área na região central e a mudança do Ponto de Táxi, que migraria da Euclides da Cunha para a Rodoviária, uma vez que há o projeto de migração das linhas intermunicipais para futura mini rodoviária a ser erguida no Centro Alto.
A construção do complexo demandaria cerca de R$ 5 milhões do Tesouro Municipal, sendo R$ 2,2 apenas para o prédio do Reino Encantado, que se somaria a outros investimentos em turismo planejados e que contam com aportes estaduais e federais, como o Teleférico (R$ 20 milhões), o Lago da Avenida Rotary (R$ 15 milhões) e três parques temáticos que juntos irão compor a Cidade Encantada (R$ 15 milhões), totalizando R$ 55 milhões de investimento em turismo espalhados pela cidade que teria sete zonas voltadas para sua vocação, como recreação, pesca e turismo rural, por exemplo.
Após a apresentação, munícipes que se pré-inscreveram fizeram questionamentos sendo que houve questionamentos a respeito de acessibilidade, valores e também se a construção do complexo era, de fato, a vontade da população e se não seria mais válido priorizar outros setores antes do Reino Encantado. Houve críticas também ao fato de o projeto não ter sido aberto para consulta antes do evento, o que reduziu a possibilidade de eventuais sugestões. A bem da verdade, um único presente, que se declarou arquiteto da nova Di Gaspi apresentou uma sugestão de mudança no projeto inicial.
Nova Autarquia – Além do projeto, Liochi divulgou que há planos de se criar uma autarquia municipal aos moldes da SPTuris e da RioTur para gerenciar o projeto turístico da cidade de Ribeirão Pires. Batizada RPTuris – Ribeirão Pires Turismo, a companhia de turismo é parte do projeto e deve ter regras e funcionamento definidos até o final do semestre.