Ribeirão Pires se prepara para uma grande revolução nos próximos meses. Para isso, uma ação importantíssima é o planejamento estratégico, que está a cargo do secretário de Assuntos Estratégicos Carlos Lima.
Ele explica que o trabalho se iniciou com a revisão do Planejamento Plurianual (PPA), “a primeira coisa que solicitei ao prefeito”, lembra. “Agora, já tomamos pé da situação e podemos projetar uma administração adequada ao Plano de Governo apresentado pelo Saulo”, conta. Ele também mudou o posicionamento da secretaria, que antes era captadora de recursos. “Agora, estamos trabalhando com indicadores, de forma a preparar o município a receber o que tem por direito”. Desta maneira, a cidade pode ter um parâmetro mais exato de suas necessidades e agir com eficácia. “Hoje, uma emenda não vem se você não tiver um plano municipal, seja qual for o setor. Sem estrutura adequada, os recursos não chegam”.
Com dinheiro, é possível viabilizar projetos: “No Plano de Governo, por exemplo, foi citado um Aeroporto. Estamos estudando duas possibilidades, um hidroaeroporto (na represa, para hidroaviões) e um heliporto, que é diferente de um heliponto, que tem infraestrutura para receber aeronaves. Quando o Governador vem aqui, por exemplo, é uma dificuldade. É esse é o papel da secretaria de Assuntos Estratégicos, analisar as possibilidades, fazer estudos, chamar parceiros e viabilizar os planos, usando os dados existentes para pautar nossas políticas públicas”. A ideia da pasta, e do governo, é estruturar ações estratégicas não só para esta gestão, mas para as gerações futuras. “Para isso, precisamos estruturar os programas do município, algo fundamental para receber investimentos de fora”. Dentre eles, ele cita o Rodoanel (já em curso), o Ferroanel e o Hidroanel, um projeto novo que passará pela Billings e será apresentado em breve.
Economia – A ideia é atrair mais empresas: “queremos interferir na matriz econômica da cidade, trazendo investimentos em Ciência e Tecnologia. Antes disso, precisamos discutir o gargalo de internet que há no município. Temos uma rede de fibra ótica que interliga apenas repartições públicas e poderia ser disponibilizada ao mercado, algo que estamos estudando, junto com o Serpro. É um setor no qual podemos investir, já que não podemos receber indústrias metalúrgicas e químicas”. O Turismo também tem sua importância: “é um setor importantíssimo para nós, somos uma Estância Turística. Vamos manter e melhorar isso. Mas temos que assumir que também temos outras vocações econômicas e colocar o turismo no mesmo patamar dos outros setores”.
“Para os próximos meses, a população pode esperar pelo Festival de Natal, um projeto fantástico, uma ideia que inicia o plano de tornar Ribeirão a cidade das datas comemorativas. Além disso, há sinalização de recursos que foram colocados no Passado, no Plano de Mobilidade Regional. À época, entregamos os projetos, mas houve erro de comunicação. O Luiz Marinho (presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo) fez uma gestão pessoal e o Ministério do Planejamento já sinaliza com a liberação destes investimentos (para obras como a duplicação da Avenida Brasil e o viaduto ligando o Centro Alto ao Centro Baixo), que já são para agora. Ribeirão é prioridade para o Governo Federal”, vislumbrou Lima, antes de concluir: “Queremos ficar marcados como uma Administração que pensou a cidade e não apenas no projeto político. Isso leva tempo. É o bom legado que o Saulo quer deixar para a cidade”.