Ao término de sua agenda em Rio Grande da Serra (veja mais clicando aqui), o ex-prefeito de São Paulo e atual presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, conversou com a reportagem do Jornal Mais Notícias sobre temas regionais, em especial Rio Grande da Serra, e também nacionais. Leia:
Mais Notícias – Vejo que o Sr. está fazendo vários encontros regionais. Qual a importância do PSD estar perto dos dirigentes das cidades menores do Estado?
Gilberto Kassab – Não é questão de avaliar as cidades por dimensão, todas têm sua importância, porque na cidade moram as pessoas e a prioridade é a Região Metropolitana. Queremos criar políticas públicas que aproximem a cidade de São Paulo das cidades da Região Metropolitana. São 39 cidades que infelizmente, ao longo das últimas décadas não tiveram soluções globais para seus problemas. Por mais que haja discursos, instituições vinculadas a esse propósito, os resultados não aparecem porque os próprios dirigentes, administradores públicos estão distantes. Nossa determinação, nossa disposição de visitar cidades, andar pelas ruas, conversar com as pessoas e nos aproximarmos das lideranças políticas das cidades é no sentido de termos condições de estruturar algo muito próximo da demanda que existe, uma realidade muito triste, com muitos problemas que, ao longo das décadas foi colocada embaixo do tapete. Agora, queremos soluções globais, que atendam de fato a toda Região Metropolitana.
MN – O Sr. foi muito elogiado em SP pela sua gestão com as pessoas das classes menos favorecidas e na Região Metropolitana há um grave problema de desigualdade social. Como pretende trabalhar essas informações que estão sendo captadas para um possível programa de governo?
GK – Conversando com as cidades, definindo prioridades para bons projetos estruturais como em infraestrutura, saneamento e transporte e priorizando a questão social, assim como fiz na Prefeitura de São Paulo. Saúde, Educação e habitação.
MN – Qual a avaliação que o Sr. faz de Rio Grande da Serra?
GK – Rio Grande da Serra é uma cidade privilegiada, bem localizada, com boa qualidade de vida, boa qualidade do ar e todas as condições para ter um crescimento expressivo, mas que infelizmente, por falta de capacidade própria devido ao orçamento pequeno, não tem tido apoio necessário dos governos, seja estadual ou federal, para que investimentos aconteçam para melhorar a qualidade de vida. Nossa disposição é justamente trazer esses investimentos, importantes para a cidade, mas que não têm acontecido.
MN – Qual a avaliação do PSD sobre a turbulência econômica, com a alta do dólar? Há uma solução para atravessar a crise?
GK – Sabemos que nos últimos anos tivemos pleno emprego no Brasil, o que deu solidez à economia e fez com que superássemos dificuldades que tivemos na condução do processo como as crises internacionais. O momento internacional não é mais de excelência como foi há alguns anos e essa é uma questão importante. Como há a expectativa de que o nível de emprego não tenha mais o crescimento nos últimos anos, é preciso investimentos em políticas públicas para que isso se mantenha, já que com o pleno emprego é muito mais fácil administrar qualquer adversidade na economia.
MN – E quanto as recentes denúncias a respeito do cartel das licitações nos trens? Qual a posição do PSD?
GK – Que haja as devidas apurações e que, evidentemente encontrando-se os culpados para eventuais delitos, que eles sejam punidos.