Presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC, prefeito Luiz Marinho, aponta que falta de planejamento da gestão Volpi e Dedé prejudicou a cidade
A Prefeitura de Ribeirão Pires enviou ao Consórcio Intermunicipal do ABC três demandas de obras do Eixo Sudeste do Plano de Investimentos em Mobilidade Urbana.
De acordo com a Secretaria Executiva do órgão que engloba os sete municípios do Grande ABC, apenas uma foi aprovada pela União e a Estância irá receber R$ 41 milhões. O recurso é para intervenções nas avenidas Humberto de Campos e Santo André, que fazem a ligação da cidade a Mauá e Rio Grande da Serra.
De acordo com informações repassadas pelo Consórcio ao prefeito Saulo Benevides, a recusa de dois projetos para esta primeira fase veio do Governo Federal. “No âmbito do eixo 1 foi contemplada a intervenção 15 (Ampliação de capacidade e implantação de tratamento prioritário para o transporte coletivo nas Av. Humberto de Campos e Av. Santo André) pelo critério do transporte coletivo e não contempladas as demais, pelo mesmo critério definido pelo governo federal”, diz o documento.
“As pessoas que são contra a cidade, e nem digo contra o meu governo, disseram que Ribeirão não conseguiu a verba porque não enviamos projeto. Só que o Consórcio é claro ao afirmar que por critérios do Governo Federal, duas demandas nossa não foram aceitas”, explicou o prefeito. “Mas não me dou por satisfeito e sigo na luta para conseguir os recursos necessários para o desenvolvimento da qualidade de vida da nossa população”, acrescentou.
A primeira demanda apresentada ao Consórcio e não contemplada foi um viaduto para interligar as partes alta e baixa de Ribeirão. A segunda obra, extensão e pavimentação da Avenida Prefeito Valdírio Prisco, ficou para a segunda fase do projeto, sem data prevista para início.
“Mas como tem acontecido, nada está sendo fácil pra gente. Já comecei a fazer contatos, o próprio (Luiz) Marinho já fez contato com Brasília e vamos buscar recursos para as obras. Não deu neste primeiro momento porque a União entendeu que os projetos fogem da prioridade mobilidade regional, mas vamos correr atrás. O importante é que R$ 41 milhões estão garantidos”, disse o prefeito.
Marinho culpa Volpi e Dedé
Para o presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, à falta de planejamento de gestões anteriores a de Saulo foram cruciais para a negativa da União. “O problema é que seus antecessores (de Saulo Benevides) não deixaram projetos”, disse Marinho em entrevista ao jornal Diário do Grande ABC.
Saulo se reuniu hoje (21/08) à tarde com a Executiva e com técnicos do GT Mobilidade do Consórcio para discutir a questão, visando dar sequência às demandas. “Só quero frisar que nossa parte nós cumprimos. Enviamos as demandas. Agora destaco também a fala do Marinho, de que a cidade foi prejudicada pela falta de planejamento de quem inclusive foi presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC”, finalizou.