Na última semana, uma entrevista concedida pela comandante da Guarda Civil Municipal (GCM), Maria Aparecida Bortolato ao jornal Tribuna Acontece causou revolta nos integrantes da corporação. Em sua fala, ela classificou alguns de seus comandados como “problemáticos”, “com problemas de alcoolismo” e “desonestos”, adjetivos que caíram como uma bomba, já que há uma rota de colisão entre comando e subordinados a ponto de boa parte da corporação ter pedido, em reunião com o prefeito Saulo Benevides, a saída de Bortolato, entre outros pleitos.
Esta semana, alguns guardas procuraram a reportagem do Mais Notícias para relatar que enquanto aguardavam por um posicionamento final do Prefeito, foram alvo de “retaliações”, tendo sido “induzidos inclusive a dizer um nome, para buscar um culpado”, além de favorecimentos um “grupo de elite”, composto por “alguns que se mantiveram ao lado dela”. A reportagem ainda teve acesso a um documento que determina a proibição de se dirigir ao Prefeito para tratar de assuntos relativos à Guarda sem comunicação prévia à secretaria sob risco de sanções administrativas. “Mesmo a corregedoria, quando foi analisar o caso, se manifestou publicamente a favor da comandante, algo que no nosso ver não é correto”.
Eles também se declararam abandonados pelo sindicato (“que nos negou ajuda”) e também descontentes com os rumos atuais da GCM: “após o que ela disse (ao jornal), estamos nos sentindo massacrados e humilhados. Pessoas nos zombam nas ruas. Queremos uma solução imediata para esse caso”, afirmou um deles. Alguns guardas já afirmaram que entrarão com ação judicial contra a Prefeitura.
Questionada sobre o caso, a Prefeitura informou que “A Secretaria de Segurança Pública da cidade está apurando as informações sobre insatisfação de GCMs em relação ao comando”. Uma reunião deve resolver a questão nos próximos dias.