Por Eliana Maciel de Góes Médica Veterinária
CRMV 4.534
O abandono de um animal é ato cruel e degradante, demonstração clara, de falta de caráter e incapacidade para assumir compromissos, e caracteriza-se num crime. As civilizações foram se sucedendo, muitos hábitos e costumes foram se alterando, mas o abandono de animais atravessou o tempo e continua a ser praticado.
O grande desafio dos centros urbanos que visam a diminuição dos animais abandonados em vias públicas é conseguir implantar e fortalecer a idéia de que o bem estar animal não pode mais ser considerado um ato de caridade e sim uma obrigação legal. Para mudar uma sociedade é preciso que as pessoas mudem individualmente e, acreditar que com uma nova postura estaremos caminhando na direção certa, aprimorando conduta moral no que diz respeito ao relacionamento com os animais. A população de pequenos animais, que vivem e sobrevivem, em relação direta com as condições do meio ocupado pelo homem, não pode continuar sendo abandonada.
Esta situação requer a urgência de unir esforços da comunidade para que se obtenha o controle da natalidade, enfatizando a necessidade de sensibilização da população sobre guarda responsável de animais.
A defesa do direito dos animais se faz estimulando a cidadania, o desejo de fortalecer a responsabilidade social, e não apenas como um ato filantrópico. Precisamos combater a causa e não ficar nos preocupando apenas em controlar as conseqüências. Na causa animal não existe vencer, mas sim convencer nossos semelhantes a serem mais sensíveis e unidos em prol dos animais.
Adotar um animal é um ato que exige atitude e responsabilidade. Ao serem adotados, devem receber os cuidados necessários para que tenham uma boa qualidade de vida e serem amados como merecem, lembrando sempre que se trata de um ser vivo e nunca um objeto que pode ser descartado ao menor sinal de problema.
Aqui fica um convite: visite o CCZ de sua cidade e adote um animal! È um amigo que você terá para sempre!