Ser capaz de cuidar do ser humano mostrando compromisso com o coletivo. Esta definição é mais do que valida para aqueles que trabalham na área da saúde, guerreiros fardados de branco que exercem sua profissão cuidando do bem estar da população.
Os profissionais de enfermagem são muito mais do que coadjuvantes. Graças a eles é possível prestar toda a assistência necessária dentro de um hospital. Seu papel é fundamental, já que exercem a função de cuidar e zelar pelo paciente.
Nesta edição, o caderno Mais Saúde irá abordar a importância deste profissional, que muitas vezes passa despercebido. “A responsabilidade é grande. Acompanhamos o paciente deste a entrada até a sua saída, trabalhamos em equipe auxiliando os médicos”, explica a enfermeira e professora da escola Alge, Roseli Denti.
Na área da saúde os enfermeiros são a estrutura para uma base sólida: “não existe hospital sem esse profissional mas infelizmente sofremos com falta de credibilidade. Não somos valorizados pelo cuidado com os pacientes. A rotina de trabalho é desgastante com cargas horárias de 36 ou 40 horas semanais. Outro ponto que também não é levado em conta é a preparação. Se estuda muito para exercer a profissão”, ressalta a entrevistada.
Diante de toda a assistência prestada, conclui-se que a enfermagem é baseada no conhecimento científico e não somente um cuidado generalizado, “fazemos bem mais que cuidar. Já no primeiro contato com o paciente fazemos à triagem, neste procedimento verificamos os sinais vitais, como por exemplo, pressão arterial e febre. Com isso, ficamos próximos criando um laço que ajuda a compreender melhor sobre o seu estado clinico”, esclarece Roseli Denti.
A professora também comenta sobre a saúde no País, “hoje temos uma situação de carência no setor da saúde. Falta pessoal qualificado, médicos e enfermeiros uma realidade triste, em minha opinião falta melhores condições de trabalho. Hoje se ganha pouco, e isso acaba desestimulando a força de trabalho”.
Para a fazer a diferença, Roseli Denti acredita em esforço e dedicação, “como professora procuro estimular ao máximo meus alunos, e preparo os futuros profissionais para o mercado de trabalho, o foco é formar enfermeiros qualificados. E para que isso aconteça é preciso garra e empenho. Temos que ter a visão ampla e tratar com cuidado cada caso, pois, cada um irá reagir de uma forma diferente, trabalhamos com pessoas e não máquinas”.
A busca por reconhecimento na ‘arte de cuidar’ é lenta, mas gratificante para aqueles que amam o que fazem, “sem dúvida o amor e dedicação caminham juntos, como em qualquer profissão. No meu caso, amo o que faço. Há sete anos estou na área e não me arrependo da minha escolha”.