Conversamos com algumas pessoas importantes para a história do Festival do Chocolate que teceram suas opiniões a respeito do cancelamento. O empresário Marcelo Menato, que teve participação ativa na elaboração e desenvolvimento da festa lamentou o ocorrido: “não foi bom o cancelamento, mas entendo os motivos do prefeito. Não é prioridade no momento e respeito a decisão”. Ele ressaltou que a decisão deveria ter sido tomada há mais tempo: “acho que ele deveria ter cancelado antes ou fazer uma festa menor. Espero que no ano que vem a Prefeitura consiga retomar a festa, um patrimônio de Ribeirão Pires que deve ser mantido”.
O atual secretário estadual adjunto de esportes e lazer, o ex-prefeito Clóvis Volpi, cuja gestão tocou a festa nos últimos oito anos, também deu sua opinião: “ele pode sim cancelar a festa para investir em saúde e educação. Mas é evidente que somente esse dinheiro não irá resolver todos os problemas”. Ele ressaltou que outras saídas também poderiam ser consideradas: “há a opção de se fazer uma festa maior ou menor, mas acho as passeatas também influenciaram. Mais tarde, quando a situação estiver mais tranquila, ele pode fazer outro evento ou até mesmo outra festa com a marca dele. Penso que ele pode ter tido problemas com a organização, pois uma festa dessas é muito difícil. Apanhamos muito durante oito anos para fazê-la e fizemos de tudo para que ela sempre acontecesse. É uma das maiores festas do estado, está no calendário oficial de eventos e em sua oitava edição teve o seu ápice, o formato que consideramos mais perto do ideal. O tempo vai dizer se a decisão foi certa ou errada”.
Deborah Perrone, coordenadora da Aciarp também lamentou a decisão: “A posição da Aciarp é de tristeza, pois sempre participamos da organização do Festival. Estamos frustrados, mas não cabe a nós julgar a decisão do prefeito e sim apoiá-la. Apenas lamentamos não ter participado da reunião que decidiu. Todavia, já que o cancelamento favorecerá melhorias na saúde, educação e outras secretarias, estamos ao lado de Saulo”.