Ao mesmo tempo em que Gilberto Kassab promovia um ato de filiação ao PSD, um dos nomes mais importantes da legenda na cidade e se reunia com o prefeito Saulo Benevides, o secretário de governo Koiti Takaki, apresentou sua desfiliação do partido em carta endereçada ao presidente do diretório local da legenda, Junior Araújo Costa.
A bem da verdade, ele já estava afastado – e sequer se apresentava como integrante do partido – desde o período pré-eleitoral, quando a legenda, então alinhada a Saulo Benevides, resolveu se aliar ao PT da candidata Maria Inês, tendo o atual membro da executiva estadual da legenda, Gerson Constantino, como vice. “Eles sempre prometeram que se manteriam na base do Saulo e na última hora penderam para o PT, contra a minha vontade sendo que eu era o presidente do PSD local”, lembra.
Após alguns meses, com a decisão sacramentada, o sentimento era de alívio: “nada como um dia após o outro. O Saulo ganhou a eleição e hoje eu posso me desfiliar justamente no dia em que eles estão fazendo um ato de filiação local. Sou contra o que fizeram aqui. Isso não se faz. Com aquele imbróglio da Leo e Lair, poderíamos até mesmo ter indicado o vice na chapa do Saulo e poderíamos ter feito até mesmo dois vereadores ao invés de um”.
Para o futuro, Koiti deve escolher uma nova legenda com calma: “ficarei sem partido agora, não pretendo ser candidato no momento. Temos um acordo político que se cumpre. Vamos lançar um deputado federal e apoiar um deputado estadual nas próximas eleições. Com calma, buscarei uma nova legenda. Independente disso, a ideia é ficar ao lado do PMDB e estar ao lado do Saulo”.