A greve dos professores da rede estadual de ensino chega ao terceiro dia com cerca de 30,5% da classe de braços cruzados segundo a Apeoesp, o sindicato da categoria. Em números específicos, são 30,2% de paralisação na Capital, 27,4% na Grande São Paulo e 33,9% no interior.
Hoje, a partir das 9h, será realizado um encontro entre a Diretoria da APEOESP e o secretário estadual de educação para discutir as reivindicações que motivam a greve dos professores iniciada na última segunda-feira. Uma assembleia local está marcada para hoje, a partir das 16h, na subsede Ribeirão Pires e uma estadual está agendada para amanhã, a partir das 14h, no Vão Livre do Masp (Museu de Artes de São Paulo), que fica na Avenida Paulista.
A categoria pede a reposição das perdas salariais (inflação acumulada) desde fevereiro de 1998, que somam 36,74%, além de 13,5% de reajuste imediato compostos por parcela de 5% não paga em 2012, 2% propostos agora e 6% referentes a Lei Complementar nº 1143/2011, implantação da Jornada do Piso, que seria 1/3 do tempo trabalhado dedicado à preparação de aulas e formação, melhorias na forma de contratação, combate a violência nas escolas e melhores condições de trabalho, entre outras.
Segundo a APEOESP, em Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra a situação não é diferente do resto do estado. De acordo com professores ligados a entidade que estão visitando as escolas, “os professores estão muito insatisfeitos com as condições que lhes são impostas” e “a adesão está ocorrendo através da discussão com os professores e a comunidade escolar”, composta por alunos e pais. Desta forma, quatro escolas da cidade, que representam 10% do total da cidade, estão paradas: Maria Pastana Menato, Felicio Laurito, Ruth Neves Santana e Leico Akaishi. Hoje, cerca de 20% dos professores da cidade aderiram a paralisação.