O Instituto Acqua, com sede em Ribeirão Pires, iniciou esta semana a distribuição dos livros captados desde novembro do último ano como parte do movimento mundial denominado Bookcrossing, em que as publicações são deixadas em locais públicos para compartilhar a cultura e incentivar a leitura. A instituição é a única da Grande São Paulo, exceto a Capital, que conta com ponto de bookcrossing.
O movimento é simples. Qualquer livro de literatura pode ser cadastrado no site www.bookcrossing.com.br e deixado em um local público para que uma outra pessoa pegue o livro para leitura. Na contracapa há um selo com um número de cadastro para que a pessoa que pegue o livro, faça o cadastro e os organizadores do movimento possam saber onde o livro foi parar.
“Depois de lido, o livro deve ser novamente compartilhado, para assim continuar a disseminar a cultura. A intenção é passar o conhecimento adiante e criar uma espécie de corrente, uma comunidade de leitores”, explica o diretor presidente do Instituto, Ronaldo Pepe Querodia.
No fim de 2012, o Instituto Acqua aderiu ao movimento e criou a campanha Deixe a fantasia escapar da prateleira, para a arrecadação das publicações entre seus funcionários distribuídos nos seis escritórios. Agora, com 70 livros cadastrados e outros 50 sendo catalogados no site, a instituição começa a distribuição.
Os livros serão deixados em praças, pontos de ônibus e locais de grande circulação, a partir da sede do Instituto Acqua e em municípios onde a entidade tem atuação, como Santa Isabel, Cotia e São Bernardo do Campo. Ao mesmo tempo, a instituição continua com a campanha para arrecadação de novas publicações para que essa corrente seja sempre ampliada.
Catadores – Um diferencial da participação do Acqua no bookcrossing é a parceria feita com a Cooperpires (Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Ribeirão Pires). Os livros de literatura encontrados pelos catadores, que normalmente iriam para reciclagem, são enviados para a sede do Acqua e agora passarão a ser compartilhados.
A presidente da Cooperpires, Joana Darc Pereira Costa, conta que é comum os catadores levarem para casa livros de romance para ler em casa. “No dia a dia encontramos vários livros, muitos são didáticos, que continuam a ir para a reciclagem, mas também achamos muitos livros de literatura, que agora são levados para o Acqua para participar desse projeto.”