De meio de transporte a tratamento alternativo, o cavalo também ganhou espaço na área da saúde. Sua utilização teve inicio na França em 1965, devido à primeira Guerra Mundial muitos médicos se interessaram na terapia.
Nos tempos modernos, a equoterapia é considerada auxiliadora da terapia convencional e é praticada em mais de trinta países. No Brasil a ANDE (Associação Nacional de Equoterapia) introduziu o trabalho em 1989, em Brasília, e reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina em 1997.
Os estudos revelam que a andadura do cavalo imprime movimentos tridimensionais, ou seja, em três eixos distintos para cima e para baixo, para um lado e para outro e para frente e para trás, chamado de estímulos somatossensorial. Toda a ação pode ser comparada com a da pelve humana no andar, permitindo a todo instante que estímulos sejam enviados ao Sistema Nervoso Central. O resultado é o desenvolvimento do controle de postura, equilibrio e foco. Os praticantes tem melhor concentração passando a ler e escrever melhor.
As metas atingidas no tramento são chegar ao máximo de função do praticante e desenvolver capacidades funcionais que permitam sua independência nas atividades de vida diária. “Cada dia mais, a equoterapia vem atraindo novos adeptos devido aos benefícios encontrados no tratamento de adultos e crianças portadores de necessidades especiais, o tratamento tem ótimos resultados para paralisia cerebral, autismo, Síndrome de Down e deficiência intelectual.Também contribui para outros transtornos como ansiedade, hiperatividade e déficit de atenção”, explica Elenice Dias proprietária da clínica de Equoterapia Cavalo Alado.
O contato com a natureza faz parte da integração do cavaleiro ao meio “o formato da terapia é ao ar livre em um clima de descontração e entretenimento, torna o tratamento prazeroso, aumentando a auto-estima e a motivação. O resultado é o bem estar, que se traduz na rapidez dos resultados obtidos. Deve ser ressaltado que para ter eficácia são recomendadas sessões semanais, com duração de trinta a quarenta e cinco minutos.”, revela Elenice Dias.
Para atender a necessidade de cada individuo, o programa de equoterapia utiliza o termo montaria terapêutica para descrever quatro métodos, que são a hipoterapia, equitação terapêutica, pré-esportivo e esportivo.
A Hipoterapia é um programa voltado para as pessoas portadoras de deficiência física ou mental, a Equitação Terapêutica tem função de atividade física e destreza. O Pré-Esportivo é usado para desenvolver a habilidade social, e por fim o Esportivo se enquadra na equitação, onde o praticante executa saltos buscando melhorar a percepção e habilidade motora.