No início desta semana, mais uma vez a situação do candidato governista Dedé da Folha (PPS) foi considerada irregular. Desta vez, foi a vez do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) se pronunciar a favor da impugnação de Dedé.
Para Clarissa Campos Bernardo, juíza relatora do processo em questão, Dedé é um candidato ‘Ficha Suja’. “O candidato foi condenado e a decisão não merece reparo. A inelegibilidade persiste”, avaliou a magistrada.
Apesar da condenação e do clima de insegurança que pairou sobre o grupo governista, após muitas especulações sobre quem seria o possível substituto do popular-socialista, Dedé optou por seguir na corrida eleitoral e anunciou que apelaria ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) . “Vou para Brasília em busca de Justiça, minha campanha continua”.
Dedé também revelou que sente-se injustiçado com a decisão do TRE e destacou que tudo não passaria de uma estratégia dos adversários para retirá-lo da corrida eleitoral. “O sentimento de injustiça é muito grande. É claro que essa ida dos meus adversários ao tapetão tem me atrapalhado muito a campanha”, publicou em seu perfil no Facebook.
Segundo fontes ouvidas pelo jornal Mais Notícias, a opção por recorrer da sentença foi tomada em conjunto com os líderes dos partidos aliados. Antes desse encontro, porém, Dedé cogitou abandonar a disputa. “Infelizmente os juízes entenderam que eu deveria ficar inelegível novamente”.
A impugnação de Dedé é embasada na Lei da Ficha Limpa. Em 2004, Dedé utilizou o jornal de sua família, a Folha de Ribeirão Pires, de modo irregular, o que configurou em abuso de poder econômico em julgamento ocorrido em 2006. Como a nova Lei da Ficha Limpa retroage oito anos, Dedé ainda deve pagar pelo abuso de acordo com a avaliação do juiz eleitoral de Ribeirão Pires, da juíza do TRE e da Procuradoria Geral.