Todos os anos, com a chegada do inverno, o nosso litoral recebe ilustres visitantes que vem do sul do nosso continente através das correntes de águas frias que vem do sul da Argentina, que perdem a força quando se encontram com as correntes quentes do Brasil. Quando isto acontece os animais surgem em nossas praias. Os machos de pinípedes (lobos e leões marinhos e focas) migram geralmente sozinhos enquanto os pingüins migram em grandes grupos seguindo o seu alimento favorito: as anchovas.
A maioria dos animais observados nas praias está descansando e retorna naturalmente para o mar, não devendo ser molestados. Às vezes, por estarem feridos, doentes ou debilitados demais para seguir sua viagem não conseguem voltar para o mar e acabam morrendo por inanição e desidratação.
Outros animais, como os cetáceos (baleias e golfinhos), também podem se encalhar, individualmente ou em massa.
No caso de encontrar algum destes animais na praia, comunicar o mais rápido possível à Polícia Florestal ou ao Corpo de Bombeiros e manter distância, pois são animais que não estão acostumados com a presença de humanos. Evitar também movimentos bruscos, gritos e a presença de cães.
A grande maioria dos animais que chegam em nossas praias morre em função de maus tratos provocados por leigos, poucas vezes bem intencionados. Em muitos casos, enquanto estão nas praias apenas descansando, são molestados por curiosos. É crescente o número de pinípedes mortos a pauladas e pingüins congelados em freezers e geladeiras.
Ao encontrarmos um destes animais, vivo ou morto, não podemos perder a oportunidade de fazer a diferença na luta pela pesquisa e pela conservação dessas espécies. NUNCA MALTRATRE NENHUM TIPO DE ANIMAL! É COVARDIA, É CRIME (Lei Federal 9.605/98, artigo 32).