Dados do setor de oncologia clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, não deixam dúvidas sobre um dos principais malefícios do cigarro às pessoas: 95% dos pacientes que desenvolvem tumores de cabeça e pescoço têm histórico de tabagismo ou são fumantes ativos.
Os dados, alarmantes, levantados a partir do histórico de 327 pacientes tratados na especialidade de cabeça e pescoço do setor de oncologia clínica, também mostram que os homens são os mais atingidos pelos tumores nessa região, representando cerca de 90% dos pacientes atendidos.
Mais do que isso, 60% das pessoas atendidas apresentam neoplasias localizadas na boca ou na faringe, o que também mostra vínculo com o cigarro. “Outros fatores de risco importantes são o etilismo (consumo de bebidas alcoólicas em excesso) e infecção por papilomavírus humano (HPV)”, afirmou o oncologista clínico do Icesp Gilberto Castro.
A entidade recebe até dez casos novos da doença nesta região do corpo, um volume considerado como alto pelo especialista. Apesar desses tumores apresentarem detecção precoce facilitada, por estarem em locais visíveis, a maioria dos pacientes descobre a doença em estágio muito avançado.
Prevenção – Alguns dos sintomas manifestados por esses tipos de cânceres podem ser manchas brancas na boca, dor, lesão ulcerada ou com sangramento e cicatrização demorada, nódulo no pescoço presente por mais de duas semanas, mudanças na voz ou rouquidão persistente e dificuldade para engolir.
A doença pode ser evitada com medidas simples, como não fumar nem consumir bebidas alcoólicas em excesso e dando preferência aos alimentos pobres em gordura e ricos em fibras. Também é importante que as pessoas habituem-se a examinar sua boca diante do espelho à procura de caroços, aftas, manchas brancas e outros ferimentos. Além disso, cuidar da higiene bucal e visitar o dentista periodicamente ajuda a realizar a detecção precoce de um câncer.